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Hollande: 'vida deve continuar, mas nada será igual a antes'

'Somos um só país, um só povo, uma só França. Uma França sem distinção de religiões, de crenças, de sensibilidades', disse Hollande


	François Hollande, presidente francês: 'Somos um só país, um só povo, uma só França. Uma França sem distinção de religiões, de crenças, de sensibilidades'
 (Philippe Wojazer/Reuters)

François Hollande, presidente francês: 'Somos um só país, um só povo, uma só França. Uma França sem distinção de religiões, de crenças, de sensibilidades' (Philippe Wojazer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2015 às 15h23.

Paris - O presidente da França, François Hollande, disse neste sábado em mensagem à nação que a após os atentados jihadistas de Paris a 'vida deve continuar, mas nunca será como antes'.

Hollande falou ainda sobre as medidas que o governo francês adotará para combater o terrorismo. O pronunciamento foi feito em um dos seus redutos eleitoras, a cidade de Tulle, no sul da França.

O presidente defendeu o 'compromisso com a liberdade de expressão' e pediu que os cidadãos estejam 'à altura do espírito do 11 de janeiro', dia em que milhões de pessoas foram às ruas da França para protestar contra o terrorismo.

O político socialista disse que a vida deve voltar ao normal, dez dias após os atentados jihadistas que deixaram 17 mortos em Paris, e defendeu a 'unidade' demonstrada pela sociedade francesa.

'Somos um só país, um só povo, uma só França. Uma França sem distinção de religiões, de crenças, de sensibilidades', disse Hollande.

O presidente afirmou ainda que reforçará os serviços de inteligência para combater o terror.

'É necessário. Não faremos sozinhos, mas com os europeus e os aliados que contribuam para conhecer melhor as redes jihadistas. O que ocorreu na França já se produziu fora e faz pensar que foi decidido por intervenções exteriores', argumentou.

Entre as medidas que o governo analisará, Hollande citou 'controlar os deslocamentos' de alguns cidadãos, aplicar uma 'vigilância da internet mais firme' e adotar 'medidas nas prisões' para evitar a radicalização de detentos.

'O que está em jogo vai além da segurança que o cidadão tem direito. É também a educação, a luta contra o abandono escolar, os doutrinamentos e a incompreensão que podem alcançar alguns de nossos jovens', acrescentou o presidente francês.

A atuação de Hollande após os atentados de Paris deram um ganho de popularidade a sua desgastada imagem.

Segundo uma pesquisa publicada hoje pela emissora 'iTélé' e elaborada pelo instituto BVA, entre 13 e 14 de janeiro a popularidade de Hollande avançou 10 pontos, até alcançar 34%.

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