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Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 15h23.
Paris - Dez meses depois de ter assumido o mandato, o presidente da França, François Hollande, teve a pior avaliação de um presidente francês desde 1981 na pesquisa TNS Sofres para a revista Le Figaro, publicada nesta quinta-feira, no momento em que luta para impulsionar o crescimento econômico e criar empregos.
Eleitores socialistas que levaram Hollande à Presidência em maio de 2012 agora estão questionando a forma como seu governo conduz a economia, que está perto da recessão, com uma série de demissões industriais e com o desemprego no nível mais alto em 15 anos.
A avaliação de Hollande caiu 5 pontos em fevereiro na pesquisa mensal, para 30 por cento, quando os entrevistados foram questionados se eles tinham confiança em seu presidente para resolver os problemas do país.
"Até agora, o palácio (presidencial) do Eliseu podia se parabenizar dizendo que aqueles que votaram no presidente se mantiveram fieis. Isso agora acabou", disse a pesquisa.
A avaliação do primeiro-ministro socialista, Jean-Marc Ayrault, também caiu 5 pontos, para 28 por cento.
De novembro a janeiro, a classificação de confiança de Hollande estava relativamente estável, embora ainda baixa, em cerca de 35 por cento na sondagem encomendada pela publicação, de tendência conservadora.
A pesquisa sugeriu que Hollande só teve um impulso de curta duração com sua intervenção militar no Mali, amplamente elogiada em casa e por aliados como os Estados Unidos.
Dados na terça-feira mostraram que os pedidos de auxílio-desemprego subiram para 3,17 milhões no mês passado, o maior desde julho de 1997, e Hollande admitiu nesta semana que o crescimento fraco tornaria mais difícil cumprir sua promessa de conter o aumento do desemprego até o final de 2013.
O levantamento de 1.000 pessoas foi realizado entre 21 de fevereiro e 25 de fevereiro.