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Hollande promete fazer reforma na educação apesar de greve

A educação é uma área sensível para o governo já impopular do presidente francês


	O presidente francês François Hollande: a educação é uma área sensível para o governo já impopular de Hollande
 (Nicolas Tucat/AFP)

O presidente francês François Hollande: a educação é uma área sensível para o governo já impopular de Hollande (Nicolas Tucat/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2015 às 12h35.

Paris - Milhares de professores entraram em greve em toda a França nesta terça-feira para protestar contra as novas medidas concebidas para reformar o sistema educacional do país, mas, apesar da resistência, o presidente francês, François Hollande, prometeu levar as mudanças adiante.

A educação é uma área sensível para o governo já impopular de Hollande.

Os 840 mil professores franceses são uma bastião de apoio tradicional para Hollande, mas a reforma proposta fez muitos deles se voltarem contra o presidente e o governista Partido Socialista.

Apontada como uma reação ao elitismo e uma forma de garantir um emprego mais justo dos recursos pedagógicos, a reforma recebeu críticas de sindicatos, da oposição conservadora, de setores da esquerda e até da Alemanha, que teme que o ensino de alemão seja prejudicado na França.

“Haverá uma reforma, e será uma que permita que todos sejam bem-sucedidos”, disse Hollande em entrevista coletiva em Berlim, onde participou de conversas sobre mudança climática, ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel.

Ele garantiu que o ensino de alemão é uma prioridade nas escolas francesas.

Enquanto os professores se reuniam para manifestações em Paris e em outras cidades, o Ministério da Educação divulgou cifras mostrando que cerca de um de cada quatro professores do ensino secundário afetados pela reforma está em greve.

O SNES-FSU, principal sindicato de educadores do ensino secundário da França, estimou a participação em 50 por cento.

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