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Hollande pede reação "à altura" do crime de guerra na Síria

A declaração do presidente francês acontece um dia depois de um suposto ataque químico em uma cidade síria, em que pelo menos 72 pessoas morreram

Ataque químico: a França reivindicou um encontro para que haja uma investigação e afirmou que no final "deve haver sanções" contra o regime sírio (Ammar Abdullah/Reuters)

Ataque químico: a França reivindicou um encontro para que haja uma investigação e afirmou que no final "deve haver sanções" contra o regime sírio (Ammar Abdullah/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de abril de 2017 às 12h56.

Paris - O presidente da França, François Hollande, pediu nesta quarta-feira uma reação da comunidade internacional "à altura do crime de guerra" perpetrado ontem na Síria, onde pelo menos 72 pessoas morreram em um suposto ataque químico na cidade de Khan Sheikhoun.

No Conselho de Defesa realizado no Palácio do Eliseu, Hollande reiterou sua "indignação pelo uso de armas químicas", questão que, a pedido de França e Reino Unido, é objeto esta tarde de uma reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O presidente destacou que a França reivindicou esse encontro para que haja uma investigação e afirmou que no final "deve haver sanções" contra o regime sírio.

"Os que são complacentes também devem prestar contas. Falo primeiro de cúmplices, dos que intervêm na Síria e possibilitam que os aviões de (o presidente sírio Bashar) Al-Assad possam lançar bombas de gás", acrescentou Hollande em uma alusão indireta a russos e iranianos, que dão apoio militar ao regime de Damasco.

Além disso, o presidente francês criticou políticos, inclusive alguns de seu país, "partidários não só de uma solução política que todos queremos, não só de uma negociação que todos desejamos, mas partidários do regime".

"Devem saber que são cúmplices de um crime de guerra", concluiu.

No encontro interministerial organizado por Hollande foi também aliviado o nível de ameaça terrorista na França e reafirmada "a necessidade de uma mobilização por parte de todos e de manter medidas de vigilância e segurança à altura da situação".

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