Mundo

Hollande diminui vantagem sobre Sarkozy em semana decisiva

Ainda assim, Hollande mantém um avanço de pelo menos seis pontos nesse final de campanha

Enquanto Hollande aproveitou esta segunda para preparar o debate, Sarkozy manteve sua agenda normal (Jeff Pachoud/AFP)

Enquanto Hollande aproveitou esta segunda para preparar o debate, Sarkozy manteve sua agenda normal (Jeff Pachoud/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2012 às 15h54.

Paris - O candidato socialista à Presidência francesa, François Hollande, começa nesta segunda-feira a semana decisiva para as presidenciais com vantagem nas pesquisas sobre seu rival, Nicolas Sarkozy, embora a margem tenha reduzido.

Ainda assim, Hollande mantém um avanço de pelo menos seis pontos nesse final de campanha. Até a ida as urnas pelo segundo turno, em 6 de maio, o candidato possui duas cartas na manga: as manifestações de 1º de maio e o debate televisivo da próxima quarta-feira.

Por outro lado, em nenhum momento da campanha Sarkozy superou o seu oponente em intenções de voto e agora só lhe resta uma semana para reverter a situação. O presidente em fim de mandato aposta que o debate da próxima quarta-feira concentre mais de 20 milhões de franceses diante de seus televisores, um dos últimos cartuchos do candidato conservador.

Embora no passado o debate tenha mudado um pouco a distribuição de votos entre os candidatos, Sarkozy confia em seus dotes de orador. Além disso, consciente que o tempo corre contra si, o candidato conservador não desperdiça uma ocasião para repetir suas mensagens.

Enquanto Hollande aproveitou esta segunda para preparar o debate, Sarkozy manteve sua agenda normal, com um comício em Avignon. O presidente em fim de mandato, inclusive, participará da tradicional festa do trabalho com reunião dos sindicatos, muito críticos a sua gestão.

Temeroso que a jornada se transforme em uma celebração anti-sarkozista, o candidato convocou uma grande manifestação frente à Torre Eiffel, onde pretende concentrar mais de 50 mil simpatizantes. ''O 1º de maio não é patrimônio de ninguém'', afirmou Sarkozy.


Já Hollande preferiu deixar o protagonismo com os sindicatos e passará o dia fora de Paris, em um ato de homenagem ao ex-primeiro-ministro socialista Pierre Bérégovoy, que se suicidou em 1º de maio de 1993.

Paris ainda terá outro ponto decisivo com a festa de Joana d''Arc realizada pelo partido de extrema direita Frente Nacional, em comemoração ao nacionalismo francês. Apesar de reunir menos pessoas que a comemoração dos sindicatos, a celebração desperta atenção porque nela a presidente do agrupamento político, Marine Le Pen, revelará o seu voto no pleito. A candidata recebeu respaldo de 6,4 milhões de franceses no primeiro turno, quase 18% do total, sendo a terceira mais votada.

Esses votos são decisivos para as presidenciais, sobretudo para Sarkozy, que necessita recuperá-los para tirar a vantagem de Hollande. No entanto, tudo aponta que Le Pen se limitará a anunciar seu voto em branco.

Por enquanto, segundo uma pesquisa do instituto Ipsos publicado nesta segunda-feira, pouco mais da metade dos eleitores de Le Pen, 54%, afirmam que darão seu apoio a Sarkozy. Essa percentagem é insuficiente para o candidato conservador que, na mais positiva das enquetes, alcança só 47% do eleitorado, contra 53% de Hollande, que conseguiu 14% dos eleitores de Le Pen. 

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEuropaFrançaGovernoNicolas SarkozyPaíses ricosPolíticos

Mais de Mundo

Incêndios devastam quase 95 mil hectares em Portugal em 5 dias

Relatório da ONU e ONGs venezuelanas denunciam intensificação de torturas nas prisões do país

Edmundo González, líder opositor venezuelano nega ter sido coagido pela Espanha a se exilar

A nova fase da guerra e a possível volta do horário de verão: o que você precisa saber hoje