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Hollande confirma que transferência de poderes será no domingo

Emmanuel Macron venceu o segundo turno das eleições francesas no domingo com 66,10% dos votos

François Hollande: "No domingo será a transferência de poderes, dia em que transmitirei o que considero que é essencial" (Benoit Tessier/Reuters)

François Hollande: "No domingo será a transferência de poderes, dia em que transmitirei o que considero que é essencial" (Benoit Tessier/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de maio de 2017 às 08h19.

Última atualização em 8 de maio de 2017 às 09h45.

Paris - O presidente da França, François Hollande, confirmou nesta segunda-feira que a transferência de poderes para o governante eleito, Emmanuel Macron, acontecerá no próximo domingo e assegurou que não se sente traído, mas que não considera seu ex-ministro um herdeiro.

"No domingo será a transferência de poderes, o dia em que lhe transmitirei o que considero que é essencial. Depois, será investido e se converterá em presidente da República", disse Hollande à emissora de televisão pública "France 2".

O chefe de Estado fez essas declarações após liderar a cerimônia em memória ao final da Segunda Guerra Mundial no Arco do Triunfo em Paris, para a qual convidou Macron, assim como o próprio presidente foi convidado para esse ato por seu antecessor, Nicolas Sarkozy, cinco anos antes.

Hollande afirmou que não considera Macron seu herdeiro político, mas reconheceu que ambos trabalharam juntos nos últimos anos.

"(Macron) esteve a meu lado quando eu era candidato, depois quando fui presidente, posteriormente foi ministro do meu governo", disse o atual presidente.

Hollande explicou que não considera uma traição a saída de Macron do Executivo em 2016 para lançar um movimento político destinado a levá-lo ao Palácio do Eliseu.

"Ele se emancipou e quis apresentar um projeto aos franceses". "Ele fez o que pensava que tinha que fazer, primeiro ao meu lado e, depois, sozinho. Agora, os franceses o escolheram e meu desejo é que ele tenha sucesso", enfatizou Hollande.

O presidente informou que está disponível para ajudar Macron. "Ele sabe que se precisar de uma informação, de um conselho, de uma experiência, poderá se dirigir a mim livremente, sempre estarei a seu lado".

Hollande acrescentou que "agora é o momento de Macron". "Ele terá que tomar decisões com a experiência que adquiriu a meu lado, com o que fizemos juntos", comentou.

O chefe de Estado disse que conversou ontem com Macron para parabenizá-lo "porque soube convencer os franceses e conseguiu conter a extrema direita", mas também para mostrá-lo a importância da missão que ele tem pela frente.

"O mundo no qual vivemos atravessa um momento difícil, ameaçador. Eu quero uma França forte nesse mundo e ele tem que prosseguir nessa missão a sua maneira. A França tem que fazer sua voz ser ouvida no exterior", indicou Hollande.

No entanto, o presidente acrescentou que a tarefa de Macron também terá uma dimensão europeia, porque a União Europeia está "sob pressão" devido à saída do Reino Unido e "às tensões" no bloco, e considerou que seu sucessor terá que "dar um impulso" à organização.

Hollande também disse que Macron deve "pensar em todos os franceses", inclusive naqueles que "estão tentados por soluções que não são boas", em clara alusão aos votantes da extrema direita.

Para o atual chefe de Estado, a tarefa de um presidente consiste em "unir" a população e em "consolá-la quando é derrotada".

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