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Hollande apresenta plano que prevê tratamento contra câncer

O projeto, que guiará a política francesa de luta contra o câncer entre 2014 e 2019, será dotado com 1,5 bilhão de euros


	Câncer: o acesso igualitário às provas preventivas contra o câncer, aos cuidados e às medidas posteriores a ter superado a doença, são alguns dos pontos abordados no plano
 (Wikimedia Commons)

Câncer: o acesso igualitário às provas preventivas contra o câncer, aos cuidados e às medidas posteriores a ter superado a doença, são alguns dos pontos abordados no plano (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2014 às 11h15.

Paris - O presidente francês, François Hollande, apresentou nesta terça-feira um plano quinquenal de luta contra o câncer com o qual pretende que todos os doentes recebam tratamento igualitário frente a essa doença e aumentar a luta contra o tabagismo.

O projeto, que guiará a política francesa de luta contra o câncer entre 2014 e 2019, será dotado com 1,5 bilhão de euros, orçamento similar ao anterior apresentado pelo conservador Nicolas Sarkozy.

O acesso igualitário às provas preventivas contra o câncer, aos cuidados e às medidas posteriores a ter superado a doença, são alguns dos pontos abordados no plano.

Os especialistas consideram que a doença, que a cada ano mata cerca de 150 mil pessoas no país, primeira causa de mortalidade, afeta de forma muito mais severa as camadas menos favorecidas da sociedade.

Segundo um recente estudo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o risco de sofrer um câncer entre os 30 e os 65 anos é duas vezes maior em um operário do que em um executivo.

Uma taxa mais alta de tabagismo, o sedentarismo ou uma alimentação pior são as causas para explicar essas diferenças, mas também certos trabalhos ligados a materiais considerados cancerígenos.

Hollande disse que seu plano visa a "que todos tenham as mesmas oportunidades" de superar uma doença que os especialistas consideram que pode não ser fatal na metade dos casos atuais.

Para isso, o Estado revisará os preços dos remédios no mercado, considerados "escandalosamente altos" pelo Inca francês.

Outra medida será reduzir as listas de espera dos pacientes que sofrem da doença e a pesquisa será estimulada, com a duplicação do número de exames clínicos feitos no país - em especial o de câncer de colo do útero.

Boa parte do plano, no entanto, estará centrada na luta contra o tabagismo, responsável por 73 mil mortes ao ano, das quais 44 mil são provocadas por algum câncer - 30% do total. 

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