O primeiro-ministro holandês, o liberal Mark Rutte: eles conquistaram 41 cadeiras de deputados de um total de 150 (Evert-Jan Daniels/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 08h41.
Haia - Os holandeses manifestaram um forte apoio à União Europeia (UE) nas eleições legislativa de quarta-feira, quando liberais e trabalhistas foram os mais votados no pleito, marcado por um um voto de punição ao extremista de direita e antieuropeu Geert Wilders.
A votação era considerada um termômetro do sentimento antieuropeu em um dos países motores da Eurozona. Os liberais do primeiro-ministro Mark Rutte conquistaram 41 cadeiras de deputados de um total de 150 (contra 31 em 2010).
Na segunda posição aparecem os trabalhistas de Diederik Samson, também pró-europeus, com 39 cadeiras (30 em 2010), após a apuração de mais de 98% das urnas.
Segundo os resultados, os melhores da história do partido, o dirigente liberal é o grande favorito para própria sucessão, o que indica a Holanda seguirá a linha alemã de austeridade orçamentária.
"É uma vitória excepcional porque é o líder do maior partido no poder", destacou Andre Krouwll, cientista política da Universidade Livre de Amsterdã.
"Há muitos países europeus nos quais os dirigentes perderam eleições em meio à crise", comentou, em referência indireta a Espanha, França e Grécia.
Apesar das evidentes divergências de opinião sobre a austeridade, os analistas consideram praticamente certo que os liberais formarão aliança com os trabalhistas, para formar a base de uma coalizão de centro direita.