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Holanda viu ciberataque russo contra democratas dos EUA

Inteligência holandesa teria observado hackers russos transferirem "milhares" de e-mails do Partido Democrata antes das eleições presidenciais de 2016

Trump: Serviços de Inteligência Geral e de Segurança (AIVD) estavam monitorando o famoso grupo de hackers Cozy Bear desde 2014 (Denis Balibouse/Reuters)

Trump: Serviços de Inteligência Geral e de Segurança (AIVD) estavam monitorando o famoso grupo de hackers Cozy Bear desde 2014 (Denis Balibouse/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 14h30.

Os serviços de Inteligência holandeses alertaram seus colegas americanos depois de verem hackers russos transferirem "milhares" de e-mails do Partido Democrata antes das eleições presidenciais de 2016 - informou a imprensa local nesta sexta-feira (26).

Os Serviços de Inteligência Geral e de Segurança (AIVD) estavam monitorando o famoso grupo de hackers Cozy Bear desde 2014, de acordo com o jornal de referência "De Volkskrant" e o programa de televisão pública Nieuwsuur.

Além de chegarem até a rede de computadores do grupo, instalada em um prédio universitário perto da Praça Vermelha em Moscou, os agentes também conseguiram acessar as câmeras de segurança instaladas na sala.

"Os serviços de Inteligência agora podem ver o que os russos fazem, mas também podem ver quem faz", disse Volkskrant, citando fontes americanas e holandesas.

O AIVD alertou sua contraparte americana quando, em 2015, foi "testemunha de hackers russos que assediaram e invadiram (as comunicações de) líderes do Partido Democrata, transferindo milhares de e-mails e documentos", escreveu o jornal.

"No entanto, levou meses para que os Estados Unidos percebessem o que esse aviso significava: com esses hackers, os russos interferiram nas eleições americanas, e os AIVD viram isso acontecer com seus próprios olhos", completou o veículo.

O grupo Cozy Bear foi acusado de interferir na eleição presidencial de 2016, na qual Donald Trump derrotou sua adversária, a democrata Hillary Clinton.

Uma porta-voz dos AIVD se recusou a confirmar a informação da imprensa holandesa.

"Nunca comentamos operações", desconversou ela, ao ser questionada pela AFP.

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