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Holanda prepara mais restrições contra covid e teme manifestações

Polícia se prepara para novas manifestações contra as restrições para conter a covid

Caos se instala nas ruas de Haia, na Holanda, em 20 de novembro de 2021, durante protestos contra as medidas instauradas pelo governo para conter a pandemia da covid-19, (AFP/AFP)

Caos se instala nas ruas de Haia, na Holanda, em 20 de novembro de 2021, durante protestos contra as medidas instauradas pelo governo para conter a pandemia da covid-19, (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 26 de novembro de 2021 às 09h14.

Última atualização em 26 de novembro de 2021 às 09h21.

O governo da Holanda planeja anunciar um reforço das restrições sanitárias para conter o aumento de casos de covid-19 no país, enquanto a polícia se prepara para novas manifestações e distúrbios.

Em uma coletiva de imprensa marcada para esta sexta-feira (26) à noite, o primeiro-ministro Mark Rutte pode anunciar o fechamento de bares e restaurantes às 17h, em vez das 20h atualmente, de acordo com a imprensa local.

Um endurecimento das medidas atuais corre o risco de inflamar uma situação já tensa na Holanda.

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O país acaba de sair de quatro noites de grande tensão que começaram na última sexta-feira. Os protestos ocorreram em várias cidades, incluindo Rotterdam e Haia.

"Estamos mantendo nossos ouvidos e olhos abertos e nos preparando", disse Gijs van Nimwegen, porta-voz da polícia de Rotterdam. "Vamos torcer para que a situação continue calma, em toda a Holanda e em Rotterdam", acrescentou à AFP.

A Holanda reintroduziu um confinamento parcial na semana passada, com novas restrições sanitárias no setor de restaurantes.

O governo também planeja proibir comparecimento dos não vacinados a determinados lugares, como bares ou restaurantes.

Pelo segundo ano, os fogos de artifício de Ano Novo, que costumam deixar muitos feridos, foram proibidos. O objetivo é não saturar os hospitais.

Entre as medidas, o governo recomenda o teletrabalho e não convidar mais de 4 pessoas em casa.

As manifestações públicas estão proibidas e os jogos de futebol são disputados à porta fechada.

Apesar das medidas, a Holanda, um país com 17 milhões de habitantes, ainda registra mais de 22.000 novas infecções por dia.

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Esses números alarmaram o Executivo, que decidiu adiantar em uma semana a coletiva de imprensa do primeiro-ministro.

A equipe de especialistas (OMT, por sua sigla em inglês), que faz recomendações ao governo desde o início da pandemia, rejeita, no entanto, o fechamento de escolas e universidades.

Apesar do aumento dos casos de contágio entre estudantes, a OMT estima que um novo fechamento - como no início da pandemia - pode ser prejudicial para o desenvolvimento de crianças e jovens.

Nas duas últimas coletivas de imprensa dedicadas à epidemia, o primeiro-ministro se concentrou nos confrontos entre a polícia e os manifestantes em Haia.

Na sexta-feira passada, em Rotterdã, um protesto contra as restrições, convocado nas redes sociais, terminou em tumultos, com carros incendiados e feridos, inclusive policiais.

Ao todo, 173 pessoas foram detidas em todo o país desde sexta-feira. Além disso, dois manifestantes foram condenados à prisão por atirar pedras contra a polícia.

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