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Holanda pede cautela a cidadãos em viagem à Turquia

Em nota, o ministério das Relações Exteriores recomendou que os cidadãos "permaneçam vigilantes e evitem locais muito movimentados"

Holanda: Erdogan advertiu que a Holanda "pagará um preço elevado" por impedir a entrada de seus ministros (Monirul Bhuiyan/AFP)

Holanda: Erdogan advertiu que a Holanda "pagará um preço elevado" por impedir a entrada de seus ministros (Monirul Bhuiyan/AFP)

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AFP

Publicado em 13 de março de 2017 às 10h09.

Última atualização em 13 de março de 2017 às 10h10.

A Holanda pediu prudência nesta segunda-feira a seus cidadãos que viajarem à Turquia, após um fim de semana marcado pela crise diplomática entre Ancara e Haia.

"Desde 11 de março há tensões diplomáticas entre Turquia e Holanda", indicou o ministério das Relações Exteriores em um novo alerta em seu site. "Permaneçam vigilantes e evitem as concentrações e os locais muito movimentados", acrescentou.

A participação de ministros turcos em comícios para promover o "sim" no referendo de 16 de abril sobre o aumento dos poderes do presidente turco Recep Tayyip Erdogan gerou muitas tensões nas últimas semanas entre Ancara e várias capitais europeias.

Na noite de sábado, a Holanda expulsou a ministra turca da Família, Fatma Betul Sayan Kaya, que havia viajado a Roterdã apesar das advertências das autoridades de Haia, que reiteraram que "não era bem-vinda".

Na véspera, a Holanda havia impedido o pouso do avião do ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, que deveria participar de um comício em Roterdã, cancelado pela prefeitura desta cidade.

Erdogan advertiu no domingo que a Holanda "pagará um preço elevado" por impedir a entrada de seus ministros e denunciou uma atitude que, segundo ele, lembra o "nazismo e o fascismo".

Os analistas preveem um resultado apertado no referendo de 16 de abril na Turquia, razão pela qual Ancara busca na Europa ganhar apoios entre as milhares de pessoas da diáspora turca.

Estes incidentes ocorreram a poucos dias das eleições legislativas de quarta-feira na Holanda, onde o partido anti-islã de Geert Wilders está muito próximo do Partido Popular Liberal e Democrata (VVD), a formação do primeiro-ministro em fim de mandato, Mark Rutte, segundo as últimas pesquisas.

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