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Holanda investiga célula jihadista em centro de refugiados

A investigação surge a partir da informação divulgada pelo jornal francês "Le Monde", que denunciou a existência de uma célula do EI na cidade


	Holanda: "Estamos atentos aos abusos nos centros de asilo por parte de terroristas e este caso confirma nossas preocupações"
 (ThinkStock)

Holanda: "Estamos atentos aos abusos nos centros de asilo por parte de terroristas e este caso confirma nossas preocupações" (ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2016 às 14h46.

Bruxelas - A promotoria holandesa investiga a possível existência de uma célula jihadista em um centro de refugiados em Nijmegen, ao leste do país, informou nesta terça-feira a televisão pública do país "Nos".

Esta investigação surge a partir da informação divulgada na semana passada pelo jornal francês "Le Monde", que denunciou a existência de uma célula de membros da organização terrorista Estado Islâmico (EI) nessa cidade holandesa.

O "Le Monde" publicou na semana passada, baseando-se no testemunho de Saleh A., um ex-jihadista que se entregou às autoridades francesas em fevereiro, que uma célula de 20 pessoas do EI vivia em Nijmegen e fazia parte de um grupo mais amplo, do qual três membros foram detidos na semana passada em Düsseldorf (Alemanha).

O ministro da Justiça da Holanda, Ard van der Steur, confirmou hoje que seu Executivo está a par dessa informação e que a investigação já começou.

"Estamos atentos aos abusos nos centros de asilo por parte de terroristas e este caso confirma nossas preocupações", disse o ministro no parlamento holandês, embora posteriormente tenha advertido que não ia comentar sobre investigações em curso.

Segundo informa a "Nos", as autoridades holandesas já sabem quem são os envolvidos e onde se encontram atualmente, mas não há suficientes provas para prendê-los por enquanto.

Saleh A. se entregou à polícia francesa em fevereiro para advertir sobre um ataque iminente e desde então se encontra em prisão preventiva.

Esse indivíduo foi quem delatou a célula islamita desarticulada em 3 de junho na Alemanha, o que levou à detenção de três cidadãos sírios que tinham previsto atentar com até dez terroristas na cidade de Düsseldorf (oeste do país).

Nijmegen abrigou o maior centro de refugiados do país até seu fechamento em maio, mas ainda não está comprovado se as informações do "Le Monde" apontam para esse campo, segundo o jornal "NRC".

Apesar destas informações, o Centro Coordenador para Segurança e Antiterrorismo (NCTV) não elevou por enquanto o nível de alerta terrorista nos Países Baixos.

O responsável da luta contra o terrorismo da Holanda, Dick Schoof, já alertou em março que havia sinais que indicavam que militantes do EI tinham tentado se aproveitar da crise de refugiados para entrar na Europa.

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