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Holanda começa a montar destroços do voo MH17

Investigadores de acidentes aéreos tentarão reconstruir o avião da Malaysia Airlines abatido na Ucrânia a partir dos destroços

Caminhões levam os restos do avião da Malaysia Airlines, que operava o voo MH17 abatido na Ucrânia (Michael Kooren/Reuters)

Caminhões levam os restos do avião da Malaysia Airlines, que operava o voo MH17 abatido na Ucrânia (Michael Kooren/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 20h45.

Amsterdã - Investigadores de acidentes aéreos tentarão reconstruir o Boeing 777 da Malaysia Airlines abatido sobre o leste da Ucrânia em julho a partir dos destroços levados por caminhão para o hangar de uma base aérea holandesa nesta terça-feira.

Membros do Conselho de Segurança Nacional irão montar os restos do avião em uma estrutura para determinar exatamente o que derrubou o voo MH17 e matou todas as 298 pessoas a bordo.

A reconstrução levará vários meses para ser completada, e um relatório final sobre a causa da queda não é esperado antes de meados de 2015, disse o chefe do Conselho de Segurança, Tjibbe Joustra.

A tarefa não será fácil, já que algumas partes da aeronave foram destruídas pelo fogo.

"Também há algumas partes desaparecidas. Sabemos que elas estão desaparecidas, mas achamos que podemos ficar mais do que satisfeitos com a quantidade de destroços que temos." Uma investigação criminal está sendo conduzida paralelamente por promotores holandeses em 11 países para identificar os possíveis culpados. Dois terços dos passageiros do voo de Amsterdã para Kuala Lumpur eram holandeses.

Washington e seus aliados disseram que rebeldes pró-Rússia lutando na área atingiram o avião com um míssil terra-ar. A Rússia, envolta em seu pior confronto com o Ocidente desde a Guerra Fria, afirmou que o míssil partiu de um caça do governo ucraniano.

Dezenas de familiares das vítimas na cidade de Gilze-Rijen, no sul da Holanda, observaram enquanto oito caminhões chegavam à base militar sob escolta policial.

Os serviços de emergência ucranianos, atuando sob supervisão holandesa, retiraram os restos considerados mais valiosos para o inquérito durante uma operação de seis dias em novembro. Pedaços da fuselagem podem ajudar a determinar de que direção veio o míssil.

As famílias reclamaram dos atrasos na investigação, já que os destroços permaneceram espalhados pelo local do acidente durante meses.

Nesta terça-feira, o governo holandês rejeitou o pedido de um grupo de familiares para que um enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) assuma a investigação, dizendo que já há autoridades de 11 países diferentes envolvidas.

Os parentes das vítimas acusaram as autoridades da Holanda de conduzirem uma investigação “fracassada”.

Os restos do avião foram transferidos mediante um acordo com Kiev e, devido à mediação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), com os separatistas pró-Moscou.

O Conselho de Segurança holandês declarou que os destroços serão fotografados, escaneados e categorizados, e que em seguida especialistas irão tentar reconstruir a aeronave.

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