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Holanda abrirá primeira clínica particular para eutanásia

Associação calcula que receberá em torno de mil solicitações por ano; pedidos serão os que forem negados pelos médicos que alegarem motivos éticos ou morais

As solicitações devem ser analisadas por uma comissão de especialistas independentes (ROBERTO SETTON/VEJA)

As solicitações devem ser analisadas por uma comissão de especialistas independentes (ROBERTO SETTON/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2012 às 17h44.

Haia - A Associação para a Morte Voluntária, da Holanda, abrirá em 1º de março a primeira clínica particular que praticará a eutanásia fora de casa, a qual atenderá os casos que forem recusados por médicos, indicou nesta segunda-feira essa organização.

A associação calcula que receberá em torno de mil solicitações por ano, segundo indicaram seus porta-vozes em entrevista coletiva.

Os pedidos de eutanásia tratados serão os que forem negados pelos médicos que alegarem motivos éticos ou morais.

Apesar de que no início a iniciativa será financiada com recursos dos membros da fundação, espera-se que no futuro o serviço seja coberto pelo sistema de saúde comum.

Os criadores da clínica esclareceram nesta segunda que as seis equipes com as quais trabalharão 'se ajustarão à lei da eutanásia', vigente na Holanda desde 2002.

A legislação requer que os doentes que solicitem a eutanásia sofram uma doença incurável, tenham um dor insuportável e que os solicitantes estejam em pleno uso da razão ao pedirem a aplicação do procedimento.

Além disso, as solicitações devem ser analisadas por uma comissão de especialistas independentes.

A lei holandesa condena com até 12 anos de prisão os casos de eutanásia nos quais estes requisitos não sejam cumpridos.

A Federação de Médicos holandeses criticou a abertura de uma clínica com estas características, já que considerou que não contará com informações como o histórico médico do paciente, entre outras questões. 

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