Apesar das críticas de Hillary, os Clinton são considerados próximos ao milionário (AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2015 às 17h03.
Hillary Clinton considerou neste domingo que o Partido Republicano deve parar Donald Trump e suas declarações mordazes sobre a imigração mexicana, e se manifestou decepcionada com as palavras do milionário considerado próximo aos Clinton.
"Sinto-me muito mal e estou muito decepcionada com ele e com o Partido Republicano por não responder imediatamente e dizer 'é suficiente, basta'", disse a candidata democrata à Casa Branca durante uma entrevista à rede CNN divulgada neste domingo.
O milionário americano e candidato às primárias republicanas agora lota seus comícios de simpatizantes, depois de ter relançado um debate sensível sobre a imigração ilegal ao afirmar que o México enviava ao seu país "drogas, crime e seus estupradores".
Mas os republicanos "pensam um pouco parecido sobre a imigração", acrescentou a ex-secretária de Estado. "Eles vão dos que acolhem os imigrantes a contragosto aos que são hostis".
Quanto a Jeb Bush, outro aspirante republicano, "ele não acredita em um processo que conduza à cidadania" dos migrantes, acrescentou Hillary.
Mas a família da também ex-primeira dama dos Estados Unidos é conhecida por ter vínculos com o magnata das imobiliárias.
O ex-presidente Bill Clinton, que é companheiro de golfe de Trump, disse há algumas semanas que o milionário foi "excepcionalmente amável com Hillary e comigo", lembrando suas contribuições financeiras à Fundação Clinton.
Donald Trump, que convidou os Clinton ao seu terceiro casamento em 2005, segundo o site sobre celebridades eonline.com, também doou recursos para a reeleição de Hillary Clinton no Senado.
Sobre este tema sensível da imigração que polariza o debate na disputa à Casa Branca, o senador republicano e também pré-candidato à presidência Lindsey Graham estimou que todo membro de sua bancada deve condenar as declarações insultantes de Trump.
"Para ter a autoridade moral de governar esta grande nação, devemos rejeitar esta demagogia", afirmou.