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Hillary diz que elogios de Trump a Putin são "alarmantes"

"É alarmante porque sugere que ele (Trump) permitirá que Putin faça o que quiser, e depois ainda justificará", alertou Hillary


	Putin: a campanha de Trump afirmou que a entrevista coletiva da adversária foi um "ataque desesperado"
 (Alexey Nikolsky / Reuters)

Putin: a campanha de Trump afirmou que a entrevista coletiva da adversária foi um "ataque desesperado" (Alexey Nikolsky / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2016 às 14h56.

Washington - A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse nesta quinta-feira que os elogios de seu rival republicano, Donald Trump, ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, são "antipatrióticos" e "alarmantes".

Em sua primeira entrevista coletiva em 278 dias, realizada em White Plains, no estado de Nova York, a ex-secretária de Estado fez duras críticas a Trump por seus comentários sobre Putin. O empresário afirmou que o presidente russo foi "muito mais líder" que o atual presidente do país, o democrata Barack Obama.

Hillary perguntou qual seria a reação do ex-presidente republicano Ronald Reagan, morto em 2004, sobre um candidato de seu partido que "ataca" os generais do país e "louva" o líder russo.

"É alarmante porque sugere que ele (Trump) permitirá que Putin faça o que quiser, e depois ainda justificará", alertou Hillary.

Trump deu as declarações sobre Putin e também sobre os generais norte-americanos, que teriam sido, segundo ele, "reduzidos a escombros" sob a administração de Obama, em um fórum sobre segurança e defesa transmitido ontem pela emissora "NBC".

A ex-primeira-dama, que também participou do evento, ressaltou hoje que os comentários do adversário serviram para mostrar, mais uma vez, que Trump não está preparado para ser presidente dos EUA.

Hillary concedeu cerca de 350 entrevistas neste ano e também respondeu perguntas de jornalistas em diferentes atos de campanha, mas compareceu hoje a sua primeira entrevista coletiva formal e aberta desde o último dia 5 de dezembro.

A candidata democrata reiterou seu compromisso de derrotar o Estado Islâmico (EI) e afirmou que uma de suas prioridades será ir atrás do líder do grupo jihadista, Abu Bakr al-Baghdadi, da mesma forma que os EUA fizeram com Osama bin Laden, morto em uma operação realizada quando Hillary era secretária de Estado de Obama.

"Esse é o tipo de comandante-em-chefe que serei. Alguém que nos unirá no propósito comum de manter nosso povo seguro e nosso país forte", prometeu a candidata durante a entrevista;

Além disso, Hillary antecipou que realizará uma reunião com vários especialistas de ambos os partidos em segurança e defesa para avaliar uma estratégia para combater o EI.

Em comunicado, a campanha de Trump afirmou que a entrevista coletiva da adversária foi um "ataque desesperado" em resposta à queda de Hillary nas pesquisas de intenção de voto.

No evento de ontem, o empresário falou que Hillary "fracassou de novo no teste para ser comandante-em-chefe", por ser "incapaz de responder por seu terrível julgamento em política externa e pela má gestão de informações sigilosas", acrescentou a equipe de Trump. 

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