Hillary: "[Bin Laden] era o inimigo jurado dos Estados Unidos, um risco para toda a humanidade" (Giorgio Cosulich/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2011 às 20h07.
Roma - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta quinta-feira que a operação de 38 minutos que acabou com a vida de Bin Laden, foram "os instantes mais intensos" de sua vida, em entrevista coletiva em Roma antes da reunião do Grupo de Contato sobre a Líbia.
Hillary, quem compareceu diante da imprensa ao lado do ministro de Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, reiterou que a batalha contra o terrorismo "não termina com uma morte", mas é certo que a morte de Bin Laden foi "uma mensagem inequívoca da firme determinação da comunidade internacional de opor-se ao terrorismo".
Bin Laden - enfatizou - "era o inimigo jurado dos Estados Unidos, um risco para toda a humanidade" e acrescentou que "foi um alvo claro de quase dez anos".
Perguntada sobre a morte do líder da Al Quaeda, Hillary explicou que "a operação foi realizada pelos melhores profissionais" e ao perguntar se sua morte foi consequência de um erro militar, a secretária de Estado respondeu: "o esforço claro era colocar fim a sua liderança no terrorismo".
"Não darei nenhum detalhe sobre a operação", declarou, mas "não tenho nenhuma dúvida de que com a sua morte o mundo será mais seguro".
Acrescentou que a relação com o Paquistão nem sempre é fácil, mas que os EUA continuarão com seu "apoio ao povo paquistanês".
"Colaboramos com o Paquistão na luta contra o terrorismo, mas Osama bin Laden não é o único líder tirado da cena graças a colaboração entre Estados Unidos e Paquistão", afirmou.
Na busca de uma solução política para crise líbia reuniram-se nesta quinta em Roma representantes de 22 países e organizações internacionais como a União Europeia (UE), Nações Unidas, Liga Árabe, Organização da Conferência Islâmica (OCI) e o Conselho de Cooperação do Golfo.
Os trabalhos serão precedidos por uma reunião entre o ministro de Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.