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Hillary deve pedir a recontagem de votos, insistem especialistas

Grupo de cientistas da computação alega ter evidências de manipulação dos resultados em três estados-chave: Wisconsin, Michigan e Pensilvânia

Hillary Clinton: democrata perdeu a eleição presidencial para o republicano Donald Trump (Justin Sullivan/Getty Images)

Hillary Clinton: democrata perdeu a eleição presidencial para o republicano Donald Trump (Justin Sullivan/Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 10h34.

São Paulo – Um grupo de cientistas da computação e especialistas em direito eleitoral alega ter evidências de que o resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos pode ter sido manipulado.

A notícia foi primeiro divulgada nesta manhã pela revista The New York Magazine e, em seguida, por veículos de imprensa como a rede CNN e o jornal The Guardian.

Agora, esses cientistas insistem que a campanha da democrata Hillary Clinton peça a recontagem dos votos em três estados-chave: Wisconsin, Michigan e Pensilvânia. Ao todo, eles representam 46 delegados no Colégio Eleitoral, o processo que, na prática, elege o presidente. Para tanto, é necessário que o candidato chegue ao número mágico de 270 delegados (Entenda como funcionam as eleições nos EUA).

A ex-secretária de Estado de Obama está com 233 delegados e o republicano Donald Trump com 290. A maioria dos estados conta com um sistema no qual o candidato vencedor no voto popular leva todos os delegados disponíveis. Estes três, inclusive. Na ocasião de um erro (intencional ou não) uma recontagem poderia significar 278 votos para Hillary.

Manipulação?

De acordo com os especialistas, entre eles o diretor do Centro de Segurança da Computação e Sociedade da Universidade de Michigan, o resultado no Michigan, por exemplo, apresentou uma tendência considerada “questionável”, uma vez que a democrata registrou desempenho pior em condados nos quais a votação é eletrônica que naqueles onde o voto se dá por meio de cédulas de papel ou leitores ópticos.

Vale lembrar que, no caso do Michigan, Hillary está perdendo no voto popular por uma diferença de pouco mais de 11 mil votos, mas a contagem ainda não foi finalizada. Segundo os cientistas, que de acordo com a The New York Magazine não estão se manifestando oficialmente sobre o tema, o sistema eletrônico em algumas regiões pode ter sido alvo de interferências externas.

E Hillary?

As fontes ouvidas pela revista disseram que o grupo está em contato com a campanha da democrata e que preparam um documento oficial para ser enviado às autoridades federais no qual pedem uma auditoria oficial nas urnas. O prazo, no entanto, está apertado, uma vez que em todos estes estados, qualquer reclamação acerca do resultado deve ser protocolada nos próximos dias.

Ação de hackers?

Às vésperas das eleições em 8 de novembro, agências de inteligência do país divulgaram um comunicado oficial no qual expressaram preocupações em torno de possíveis ciberataques com o objetivo de sabotar o resultado de alguma maneira. Acusaram a Rússia de envolvimento direto. Moscou, contudo, negou todas as acusações.

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