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Hillary defende atuação após ataque de 2012 em Benghazi

A ex-secretária de Estado americana defendeu sua atuação após os atentados de 2012 na Líbia, diante de críticas de republicanos


	Hillary Clinton: "precisamos de uma liderança em casa que combine com nossa liderança no exterior"
 (Reuters/Joshua Roberts)

Hillary Clinton: "precisamos de uma liderança em casa que combine com nossa liderança no exterior" (Reuters/Joshua Roberts)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 16h03.

Washington - A ex-secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton defendeu sua atuação após os atentados fatais de 2012 em Benghazi, na Líbia, diante das críticas dos republicanos durante um depoimento crucial ao Congresso nesta quinta-feira e exortou seus questionadores a colocarem a segurança nacional acima da política.

Favorita à indicação democrata para a corrida presidencial de 2016, Hillary disse a um comitê do Congresso que os ataques de supostos militantes islâmicos, que mataram o embaixador e três outros norte-americanos, não devem desestimular as ações globais dos EUA e afirmou que o incidente já foi investigado minuciosamente.

"Precisamos de uma liderança em casa que combine com nossa liderança no exterior, uma liderança que coloca a segurança nacional à frente da política e da ideologia", declarou Hillary em sua única referência à polêmica política que vem agitando o organismo.

Seu comparecimento diante do comitê que cuida do caso de Benghazi foi mais um grande desafio para a também ex-primeira-dama, que passa por um bom momento desde o ótimo desempenho no debate democrata da semana passada e a notícia de que o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, seu maior adversário em potencial, não concorrerá.

Durante horas de questionamentos, que não tiveram qualquer confronto acalorado com os republicanos, ela defendeu sua liderança na Líbia na condição de principal diplomata norte-americana e negou as alegações já antigas dos republicanos de que ela, em pessoa, rejeitou pedidos para reforçar a segurança em Benghazi.

O deputado republicano Peter Roskam disse a Hillary que ela foi a principal arquiteta da política dos EUA na Líbia e que "as coisas na Líbia hoje estão um desastre", mas a pré-candidata rebateu que o presidente norte-americano, Barack Obama, tem a última palavra na política para o país do Oriente Médio.

A aparição longamente aguardada de Hillary perante o comitê aconteceu após meses de controvérsia a respeito do uso que ela fez de um servidor de e-mail particular durante seu trabalho à frente do Departamento de Estado, fato que veio à tona em parte por causa da exigência feita pelo conselho do caso de Benghazi para ver seus registros oficiais.

O comitê passou 17 meses analisando os ataques que mataram J. Christopher Stevens, o embaixador norte-americano na Líbia, e três outros compatriotas no complexo da embaixada.

Hillary evitou questionar as motivações do conselho, o que já fez em declarações públicas recentes durante a campanha.

"Apesar de todas as investigações anteriores e toda a conversa sobre interesses partidários, estou aqui para honrar aqueles que perdemos e para fazer o que puder para auxiliar aqueles que ainda nos servem", disse.

Ela afirmou que os e-mails tornados públicos e examinados pelo comitê não abarcam todo o trabalho que fez como secretária de Estado.

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