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Hillary Clinton se negou a demitir assessor acusado de assédio

Segundo a notícia, a então gerente da campanha de Hillary, Patti Solis Doyle, recomendou à democrata que despedisse Burns Strider

Hillary Clinton: Hillary decidiu manter Strider, presidente da organização American Values Network (Win McNamee/Getty Images)

Hillary Clinton: Hillary decidiu manter Strider, presidente da organização American Values Network (Win McNamee/Getty Images)

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EFE

Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 18h00.

Nova York - Hillary Clinton se negou a demitir um conselheiro da sua campanha presidencial de 2008 acusado de assediar sexualmente uma jovem subordinada, que, por outro lado, foi realocada em um novo posto, revelou nesta sexta-feira o jornal "The New York Times".

Segundo a notícia, a então gerente da campanha de Hillary, Patti Solis Doyle, recomendou à democrata que despedisse Burns Strider, que tinha sido contratado cinco anos atrás para a campanha que a ex-primeira-dama americana havia feito em 2006 para chegar ao Senado.

No entanto, Hillary, que foi superada nas primárias democratas de 2008 por Barack Obama, decidiu manter Strider, presidente da organização American Values Network, que, de acordo com fontes anônimas do jornal, lhe enviava diariamente leituras bíblicas.

Strider, que não respondeu a um e-mail enviado pelo "NYT" para pedir seus comentários, foi despedido depois de vários meses devido a "problemas no seu local de trabalho", que incluíram as denúncias de assédio a uma jovem assistente, detalhou o jornal.

A jovem, que não foi identificada e que segundo a publicação tinha 30 anos, disse a um oficial da campanha que o ex-assessor lhe roçou os ombros de forma inadequada, a beijou na testa e lhe enviou mensagens "sugestivas".

A vítima, no entanto, não tornou pública sua declaração, fato que o jornal presume que pode estar vinculado a um acordo de confidencialidade assinado pelos funcionários da campanha.

Tampouco Solis Doyle se pronunciou a respeito, enquanto um porta-voz de Hillary divulgou uma declaração da empresa legal que representou a campanha em 2008 na qual esclarece que as queixas por má conduta ou abuso foram abordadas em um processo e "medidas adequadas" foram tomadas.

As denúncias de assédio e abuso sexual ganharam força depois da divulgação de várias denúncias de ex-funcionárias e atrizes contra o produtor de Hollywood, Harvey Weinstein, que derivaram no movimento "Me too", que encorajou outras vítimas em outros âmbitos a revelar as suas experiências, principalmente através das redes sociais.

Após saber das acusações contra Weinstein, um importante contribuinte do Partido Democrata, Hillary Clinton se declarou "surpreendida e comovida" e afirmou que seu comportamento "não pode ser tolerado".

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