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Hillary Clinton descarta intervenção dos EUA na Síria

A afirmação foi feita em programa da rede CBS neste domingo

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton (Olivier Douliery-Pool/Getty Images)

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton (Olivier Douliery-Pool/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2011 às 18h20.

Washington - A secretária de Estado, Hillary Clinton, descartou a participação dos Estados Unidos no conflito sírio como fez na Líbia, disse em uma entrevista um programa da rede "CBS" divulgado neste domingo.

Perguntada se os Estados Unidos estariam dispostos a intervir nos distúrbios que ocorreram na Síria, Hillary foi clara e respondeu com um sonoro: "Não".

A secretária assinalou que os motivos que levaram à intervenção internacional na Líbia não ocorrerão na Síria e mostrou confiança de que o presidente, Bashar al Assad, faça reformas.

"Se houvesse uma coalizão da comunidade internacional, se houvesse uma resolução do Conselho de Segurança, se houvesse um pedido da Liga Árabe, se houvesse uma condenação universal, mas não acho que isso vá acontecer", disse Hillary, que gravou a entrevista no sábado.

"Cada situação é diferente", assegurou a secretária de Estado, em referência à onda de protestos do mundo árabe iniciada na Tunísia e no Egito, que se estendeu por Iêmen, Jordânia, Marrocos, Síria e Bahrein.

"Deploramos a violência na Síria e pedimos, assim como fizemos com todos esses Governos, que não respondam às necessidades de seu povo com violência, mas permitindo os protestos pacíficos e iniciando processos de reformas econômica e política", disse.

"O que está ocorrendo na Síria nas últimas semanas é muito preocupante, mas há uma diferença entre utilizar seus próprios aviões indiscriminadamente para metralhar e bombardear suas próprias cidades e ações policiais que, realmente, excederam o uso da força", assegurou.

Pelo menos 12 pessoas morreram nos últimos dois dias na cidade síria de Latakia, segundo "fontes responsáveis" não identificadas, citadas pela agência oficial de notícias síria "Sana". 

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