Mesmo com elogios, Hillary reconheceu que o relacionamento de Washington com Islamabad às vezes é complicado (Giorgio Cosulich/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2011 às 20h46.
Washington - A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, reiterou nesta quinta-feira que irá se retirar da política após a eleição presidencial de 2012, ao afirmar que se encontra fisicamente esgotada do "carrossel" da vida pública.
Em entrevista à emissora britânica BBC, Hillary disse amar o que faz e que se encontra em boa forma, em parte graças aos exercícios físicos e à ioga. Mas admitiu que está fatigada por suas constantes viagens ao exterior como chefe da diplomacia americana.
"Estou muito interessada em passar o tempo com meus amigos e minha família e não estar no carrossel o tempo todo", disse Hillary na entrevista, de acordo com a transcrição do Departamento de Estado.
Essa é "uma das razões pelas quais decidi que seguirei com a minha vida e retornarei à vida privada ao final do que será um período muito intenso de atividade e trabalho nos próximos 18 meses", disse.
Hillary, 63 anos, participou da vida pública quase sem interrupção desde o fim da década de 1970 como primeira-dama do Arkansas (sul), primeira-dama dos Estados Unidos, senadora por Nova York, candidata à presidência em 2008 e agora secretária de Estado.
Em 2008, perdeu a nomeação democrata diante do atual presidente Barack Obama, mas insistiu que apesar disso trabalha bem com o presidente e que não tem interesse em voltar a se candidatar.
Hillary elogiou as conquistas do governo de Obama, que buscará a reeleição em 2012.
Afirmou que muitas decisões do presidente anterior, George W. Bush (2001-2009) "minaram a força dos Estados Unidos tanto no exterior como em casa".
"Meu compromisso pessoal é avançar a passo firme para a restauração da influência e da liderança dos Estados Unidos", disse Hillary.
Completou que ainda escuta aplausos no mundo todo quando menciona Obama em seus discursos.
"Penso que ainda existe um bom sentimento a respeito do que o presidente e seu governo estão tentando fazer".