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Hezbollah é contra Líbano ser parte de aliança contra EI

Para o líder do grupo xiita libanês Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, o povo libanês "é capaz de defender e proteger seu país das ameaças terroristas"


	Nasrallah: EUA "querem apenas defender seus interesses" com a intervenção, diz líder
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Nasrallah: EUA "querem apenas defender seus interesses" com a intervenção, diz líder (AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 18h38.

Beirute - O líder do grupo xiita libanês Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, afirmou nesta terça-feira que é contra a participação do Líbano na coalizão internacional contra o Estado Islâmico (EI), mas apoiou a negociação para libertar os soldados e policiais libaneses sequestrados pelos jihadistas.

"Todo o mundo sabe que o Hezbollah se opõe ao EI, esse grupo takfiri (extremista sunita) que ameaça todos os povos da região, mas somos contrários ao princípio de uma intervenção estrangeira nos países da região, seja qual for o objetivo do ataque", disse Nasrallah em discurso transmitido pela emissora "Al Emanar".

Explicou sua posição pelo fato de que "os EUA são a fonte do terrorismo no mundo, o maior apoio a Israel e um país que participou da criação das correntes takfiristas".

Além disso, garantiu que com essa intervenção, os Estados Unidos "querem apenas defender seus interesses".

Também disse que o povo libanês "é capaz de defender e proteger seu país das ameaças terroristas".

Por outro lado, Nasrallah se mostrou favorável a negociar com os jihadistas que mantêm dezenas de soldados e policiais libaneses sob custódia para obter sua libertação.

"Se existe uma esperança de que retornem sãos e salvos, é necessário que o Líbano tome uma posição forte e responsável, porque se negociar de uma posição frágil, será catastrófico para eles", disse.

Cerca de 30 soldados e policiais foram sequestrados pelos jihadistas do EI, da Frente al Nusra - grupo sírio ligado à Al Qaeda -, e de outras organizações extremistas durante os combates com o Exército libanês em agosto na região de Arsal, que faz fronteira com a Síria. Além disso, dois deles foram decapitados e outro fuzilado.

"Trata-se de uma causa nacional, humana e moral. Todos deveriam agir para obter sua libertação", destacou Nasrallah.

Além disso, garantiu que "nenhum Estado, nenhum Exército, nenhum povo no mundo aceitaria essa submissão" e pediu que "as propostas políticas e as mentiras" sejam deixadas de lado para "apoiar o governo nas negociações e na análise das reivindicações dos sequestradores".

Desde a explosão do conflito na Síria, em março de 2011, aumentaram os atentados, sequestros, enfrentamentos armados e outros eventos violentos no Líbano, país dividido entre partidários e opositores do presidente sírio, Bashar al Assad.

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