Mundo

Hezbollah diz que mísseis alcançam qualquer alvo de Israel

Hassan Nasrallah disse que ''por motivos religiosos'' não possui armas químicas, mas que se Israel atacar com elas, o Hezbollah não terá ''limites''


	Hassan Nasrallah: ''Estamos defendendo a Palestina e nós mesmos''
 (Wikimedia Commons)

Hassan Nasrallah: ''Estamos defendendo a Palestina e nós mesmos'' (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2012 às 19h31.

Beirute - O líder do grupo xiita libanês Hezbollah, o xeque Hassan Nasrallah, disse nesta segunda-feira que sua organização não necessita de armas nucleares ou químicas, porque seus mísseis têm o poder de atacar qualquer alvo de Israel, tanto militar como civil.

Em entrevista à rede ''Al Madayin'', Nasrallah disse que ''por motivos religiosos'' não possui estes tipos de armas, mas que se Israel atacar com armas químicas, o Hezbollah não terá ''limites''.

''Estamos defendendo a Palestina e nós mesmos. Estamos fazendo frente à ameaça de Israel com a ameaça e podemos defender nossa dignidade e soberania'', acrescentou.

O líder do Hezbollah assegurou que ''todas as opções são possíveis'' e que um dia seu grupo pode deixar de se limitar à autodefesa e entrar na Galiléia.

No que diz respeito à postura iraniana em relação à ameaça de Israel, Nasrallah assegurou que há ''uma ordem de resposta perante qualquer ataque israelense contra instalações nucleares, algo que afetará também os interesses americanos''.

O xeque assinalou que está sendo produzida uma ''grande transformação na região e no mundo que vai mudar a ordem regional e mundial e que vai esboçar o que serão as próximas décadas''.

Na opinião do líder do Hezbollah, o mundo árabe pode desempenhar ''um grande papel mundial'', mas isso dependerá da vontade dos povos que lutaram contra seus regimes, em alusão aos protestos da Primavera Árabe.

''Nos encontramos perante novos cenários e estamos vivendo uma situação regional nova'', disse Nasrallah, que destacou as mudanças no Egito, onde em fevereiro de 2011 uma revolução tirou do poder o presidente Hosni Mubarak.

A queda de Mubarak é, segundo sua opinião, o primeiro ''desafio'' contra Israel. Além disso, Nasrallah expressou sua esperança de que as novas autoridades egípcias ajudem a causa palestina.

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseIsraelPalestina

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru