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Hezbollah diz que intervenção saudita no Iêmen é um fracasso

Em entrevista à emissora síria "Al Ijbaryia", divulgada hoje, líder disse que os sauditas "fracassaram, de forma contundente, em mudar a situação" no Iêmen


	Em entrevista à emissora síria "Al Ijbaryia", divulgada hoje, Hassan Nasrallah disse que os sauditas "fracassaram, de forma contundente, em mudar a situação" no Iêmen
 (Khalil Hassan/Reuters)

Em entrevista à emissora síria "Al Ijbaryia", divulgada hoje, Hassan Nasrallah disse que os sauditas "fracassaram, de forma contundente, em mudar a situação" no Iêmen (Khalil Hassan/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2015 às 10h22.

Beirute - O líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou nesta terça-feira que a intervenção da Arábia Saudita no Iêmen está fracassando e que o pacto nuclear de Teerã com o Grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Rússia, mais Alemanha) reforçará o papel do Irã na região.

Em entrevista à emissora síria "Al Ijbaryia", divulgada hoje, Nasrallah disse que os sauditas "fracassaram, de forma contundente, em mudar a situação" no Iêmen.

E destacou que o maior temor de Riad e outros estados sunitas do Oriente Médio está ocorrendo: o fortalecimento da influência iraniana.

O Hezbollah, aliado do Irã, rejeita a intervenção militar árabe - liderada pela Arábia Saudita - contra os rebeldes houthis no Iêmen, que contam com o respaldo de Teerã.

"O acordo reforçará a posição dos aliados do Irã, especialmente a resistência palestina", declarou o líder do grupo xiita, rebatendo também as críticas feitas por Israel e pela Arábia Saudita ao pacto firmado entre o Irã e o Grupo 5+1.

Nasrallah destacou que o acordo, que ainda não é definitivo, terá repercussões na região. Segundo ele, a primeira consequência já ocorreu: uma redução da possibilidade de uma guerra regional e, inclusive, com chances de se tornar mundial.

Na entrevista, o líder do Hezbollah falou também sobre o conflito na Síria, onde milicianos do grupo lutam ao lado das tropas leais ao regime de Bashar al Assad.

"A guerra contra a Síria fracassou. Não alcançou seus objetivos porque existe um governo soberano que continua controlando a capital e as principais cidades", afirmou, minimizando o controle do Estado Islâmico (EI) sobre algumas regiões do país.

A guerra na Síria e a atual crise no Iêmen exacerbaram a divisão entre os sunitas e os xiitas na região, com a Arábia Saudita e o Irã como líderes dos dois grupos religiosos, respectivamente.

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