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Henri Falcón vai contestar formalmente resultado eleitoral da Venezuela

Chefe da campanha do 2º colocado no pleito venezuelano disse que resultado será contestado no conselho eleitoral nacional durante os próximos 20 dias

Henri Falcón: candidato não acompanhou decisão da oposição venezuelana de boicotar as eleições no país (Marco Bello/Reuters)

Henri Falcón: candidato não acompanhou decisão da oposição venezuelana de boicotar as eleições no país (Marco Bello/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de maio de 2018 às 17h51.

Caracas - O segundo colocado na eleição da Venezuela, que foi amplamente condenada por outros países como sendo não democrática, irá contestar formalmente sua derrota para o presidente Nicolás Maduro após recusar-se a reconhecer o resultado, disse sua campanha nesta quarta-feira.

O chefe da campanha de Henri Falcón, Claudio Fermin, disse em entrevista coletiva que dados os relatos de centenas de irregularidades na votação de domingo, eles desafiarão os resultados perante o conselho eleitoral nacional durante os próximos 20 dias.

"Há toda uma coleção de irregularidades", disse Fermin.

A chefe do conselho eleitoral, Tibisay Lucena, que está em listas de sanções individuais dos Estados Unidos e União Europeia, já disse que as alegações de Falcón de fraude eleitoral não têm evidências.

EUA, União Europeia e a maioria dos principais países latino-americanos disseram que a eleição, que Maduro venceu facilmente, não atende aos padrões democráticos.

A principal oposição venezuelana boicotou a eleição porque dois de seus líderes mais populares foram impedidos de concorrer, autoridades baniram diversos partidos políticos e o conselho eleitoral é controlado por apoiadores de Maduro.

Fermin disse que o governo falhou em cumprir com a exigência do conselho eleitoral de que os chamados "pontos vermelhos", montados pelo governo de Maduro para registrar quais venezuelanos que recebiam auxílio do Estado votaram, ficassem pelo menos a 200 metros de distância de zonas eleitorais.

Alguns pontos vermelhos estavam a 5 metros de distância de zonas eleitorais, disse ele. No domingo, testemunhas da Reuters viram pontos vermelhos até mesmo dentro de alguns centros de votação.

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