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Havaí permanece em alerta máximo após terremotos e fendas de lava no solo

Cientistas e autoridades locais avisaram moradores que as atividades sísmicas e vulcânicas poderão continuar, depois de tremor de magnitude 6.9

Vulcão no Havaí: primeiras retiradas de moradores ocorreram antes do amanhecer de 3 de maio (Janice Wei/Reuters)

Vulcão no Havaí: primeiras retiradas de moradores ocorreram antes do amanhecer de 3 de maio (Janice Wei/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de maio de 2018 às 12h03.

Pahoa, Havaí - A maior ilha do Havaí continuava em alerta máximo neste sábado depois que o vulcão Kilauea expeliu lava sobre áreas residenciais, forçando centenas de pessoas a sair de casa, e após uma série de terremotos, um deles um poderoso tremor que sacudiu a ilha.

Cientistas e autoridades locais avisaram moradores que as atividades sísmicas e vulcânicas poderão continuar depois que um tremor de magnitude 6.9 balançou os prédios no canto sudeste da ilha depois do meio-dia de sexta-feira (horário local) e mais fendas com lava foram reportadas em uma região residencial, onde os moradores receberam a ordem de sair.

"Até que registremos que os terremotos estejam diminuindo, e o chão parando de se mexer, é provável que a atividade continue", disse Tina Neal, cientista que comanda o Observatório de Vulcões do Havaí do Serviço Geológico dos EUA (USGS), depois de uma reunião comunitária com cerca de 300 pessoas na sexta-feira.

Alguns dos presentes choravam ao perguntar às autoridades sobre saques, restrições de viagem e precauções de segurança com uma usina elétrica na área das erupções.

"Hoje tem sido um dia desafiador para todos," disse Neal. A reunião aconteceu horas depois que o tremor de 6,9 graus fez com que edifícios balançassem no Centro Comunitário de Pahoa, um dos dois centros de isolamento na área montados às pressas depois que a lava passou a borbulhar através de rachaduras no chão em vizinhanças próximas.

Na sexta-feira houve um registro muito maior de fendas de lava, cada uma delas de centenas de metros de comprimento, na subdivisão de Leilani Estates no distrito de Puna, a aproximadamente 19 quilômetros do vulcão.

A Agência de Defesa Civil do Condado do Havaí disse em um alerta que seis rachaduras com lava foram registradas. Embora nenhum fluxo de lava significativo havia sido formado ainda, erupções adicionais de lava, que podem chegar aos 1.150 graus Celsius de temperatura, eram esperados, disse a agência.

O Kilauea, um dos vulcões mais ativos do mundo e um dos cinco na ilha, tem estado em erupção constante há 35 anos. Rios de lava do vulcão já cobriram 125 quilômetros quadrados, de acordo com o USGS. Cientistas dizem que é praticamente impossível prever quanto tempo uma erupção pode durar.

Na quinta-feira, o Kilauea começou a expelir lava em áreas residenciais após uma série de terremotos na semana passada. A partir da 11h da manhã na sexta-feira, a ilha começou a passar por uma série de terremotos, culminando em um agressivo tremor de magnitude 6.9.

Cerca de 1700 moradores nas subdivisões de Leilani Estates e Lanipuna Gardens receberam ordens para desocupar a área na quinta-feira depois que autoridades públicas registraram vapor e lava saindo de fendas em estradas, segundo a Agência de Defesa Civil.

Nenhuma vítima foi registrada, mas o governador do Havaí, David Ige, ativou a Guarda Nacional Havaiana para disponibilizar ajuda emergencial.

Duas casas foram destruídas, disseram autoridades.

Autoridades de defesa civil alertaram o público sobre os altos níveis de dióxido de enxofre nas proximidades do vulcão. Essa foi uma das razões para as ordens de desocupação, já que o gás pode causar irritações de pele e dificuldade de respiração.

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