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Hamas realiza manifestação pública na Cisjordânia

"Hamas, você é nossas armas, nós somos suas balas", gritaram manifestantes em evento que pareceu demonstrar a popularidade do grupo no território controlado por rivais

Palestinos erguem bandeiras do Hamas durante protesto em Nablus (REUTERS/Muammar Awad)

Palestinos erguem bandeiras do Hamas durante protesto em Nablus (REUTERS/Muammar Awad)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 22h27.

O grupo islâmico Hamas realizou nesta quinta-feira sua primeira manifestação pública na Cisjordânia desde 2007. Cerca de 5 mil pessoas saíram às ruas de Nablus após as orações islâmicas do fim da tarde.

Os participantes entoaram gritos de guerra em favor do Hamas, que recentemente saiu fortalecido de uma ofensiva de oito dias promovida por Israel contra a Faixa de Gaza.

O evento, realizado na cidade de Nablus, parece sinalizar não apenas a recente melhora nas relações entre o Hamas e o movimento Fatah após cinco anos de estremecimento, mas também a popularidade do grupo islâmico no território controlado pela facção política rival.

"Hamas, você é nossas armas, nós somos suas balas", gritaram os participantes. "Hamas, dispare mais foguetes sobre Tel-Aviv", pediram eles.

"A vitória do Hamas em Gaza foi uma vitória de todo o povo palestino", declarou Amin Makboul, um líder local do Hamas, durante comício em Nablus.

Enquanto isso, soldados israelenses e manifestantes palestinos entraram em choque nesta quinta-feira na volátil cidade de Hebron, na Cisjordânia, mas não há informações iniciais sobre feridos nos confrontos.


Mais de 5 mil palestinos saíram às ruas de Hebron um dia depois de um adolescente palestino ter sido morto a tiros por forças israelenses perto da Tumba dos Patriarcas, um local sagrado para judeus e muçulmanos.

Durante a procissão fúnebre de Mohammed Suleima, os participantes entoaram frases contra Israel e tremularam bandeiras do grupo islâmico Hamas.

Um grupo formado por dezenas de jovens atirou pedras e garrafas na direção dos soldados no protesto de hoje. As forças israelenses reagiram com bombas de gás lacrimogêneo.

A tensão acentuou-se em Hebron depois do assassinato do jovem palestino na quarta-feira.

Segundo familiares da vítima, o jovem de 17 anos estava desarmado e não obedeceu a ordens para que parasse em um posto militar porque tinha deficiência auditiva. Já na versão israelense, paramilitares abriram fogo depois de o adolescente ter exibido uma arma, mas depois teriam percebido tratar-se de uma arma de brinquedo.

Hebron é uma cidade da Cisjordânia onde cerca de 850 colonos judeus vivem em enclaves rigorosamente vigiados por Israel em meio a cerca de 150 mil palestinos. As informações são da Associated Press.

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