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Hamas: Israel quer trégua e ofensiva terrestre será mortal

Segundo líder do movimento palestino, o Hamas não vai aceitar condições impostas por Israel, que deveria primeiro parar com os bombardeios para iniciar a trégua


	Khaled Meshaal: "quem começou a guerra tem que freá-la, e a trégua tem que chegar com as nossas condições"
 (Getty Images)

Khaled Meshaal: "quem começou a guerra tem que freá-la, e a trégua tem que chegar com as nossas condições" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2012 às 12h33.

Cairo - O líder do movimento islamita palestino Hamas, Khaled Meshaal, disse nesta segunda-feira que Israel quer uma trégua ao conflito na Faixa de Gaza e advertiu que uma ofensiva terrestre seria "mortal" para as tropas israelenses.

"Israel pediu uma trégua e nós não", afirmou Meshaal em entrevista coletiva no Cairo, na qual ressaltou que seu movimento não aceita "nenhuma condição israelense".

Meshall explicou que Israel solicitou aos EUA, aos países europeus e a alguns estados árabes uma trégua, mas que para isso acontecer, é necessário primeiro parar com os bombardeios israelenses.

"Quem começou a guerra tem que freá-la, e a trégua tem que chegar com as nossas condições", destacou o líder do Hamas.

No domingo, uma delegação composta por quatro militares israelenses chegou ao Cairo para entregar uma minuta de um acordo de trégua aos serviços secretos egípcios, que tiveram papel de imediadores em conflitos anteriores entre Israel e o movimento palestino.

Segundo informou à Agência Efe uma fonte dos serviços de segurança do Egito, esta minuta foi apresentada posteriormente a Meshaal.

Em seu discurso no Cairo, o dirigente palestino assinalou que seu grupo não quer "uma escalada da violência e nem convidar o inimigo a uma guerra terrestre".

"Israel está ameaçando com uma guerra terrestre, mas sabe que essa guerra será mortal", advertiu Meshaal, que assegurou que "a moral da população de Gaza e da Resistência (Hamas) está muito alta".

Além disso, Meshaal pediu aos árabes que formulem "uma nova estratégia sólida e realista, coerente com a situação na região após a Primavera Árabe, para solucionar o conflito palestino-israelense".

A ofensiva israelense "Pilar Defensivo" contra Gaza, que completa hoje seu sexto dia, já causou a morte de, pelo menos, 93 pessoas e deixou outro 900 feridos.

Desde quarta-feira passada, o Exército israelense já realizou mais de 1.350 ataques contra alvos na faixa, segundo seus próprios dados, enquanto as milícias palestinas lançaram mais de 900 foguetes contra Israel. 

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