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Hamas denuncia que violações de cessar-fogo por Israel mataram 38 pessoas

Entre as violações, o governo de Gaza inclui "crimes de fogo direto contra civis, bombardeios e ataques deliberados contra civis e até a detenção de vários civis"

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 18 de outubro de 2025 às 14h01.

O governo do Hamas na Faixa de Gaza denunciou neste sábado que Israel violou em 47 ocasiões o acordo de cessar-fogo, em vigor desde o último dia 10, com ataques contra a população que mataram 38 pessoas.

"A ocupação israelense cometeu uma série de violações graves e reiteradas desde o anúncio do fim da guerra na Faixa de Gaza, que chegam a 47 violações documentadas até o momento, em flagrante e clara violação da decisão de cessar-fogo e das normas do direito internacional humanitário", afirma o comunicado.

Entre as violações, o governo de Gaza inclui "crimes de fogo direto contra civis, bombardeios e ataques deliberados contra civis e até a detenção de vários civis".

Alega que as Forças de Defesa de Israel (FDI) utilizam para isso os tanques que mantém posicionados em bairros residenciais ainda sob seu controle (pouco mais de 50% de Gaza continuam sendo zonas militarizadas), dispositivos de ataque à distância ou drones quadricópteros que ainda sobrevoam algumas áreas do enclave.

"Essas violações foram registradas em todas as províncias da Faixa de Gaza sem exceção, confirmando que as forças da ocupação não cessaram sua agressão e mantêm sua política de assassinar e aterrorizar o povo palestino", diz o comunicado.

Praticamente todos os dias, as forças israelenses abriram fogo contra palestinos que cruzavam a "linha amarela", a demarcação imaginária até onde as tropas tiveram que recuar no início da trégua.

Consultadas pela Agência EFE, as autoridades sanitárias de Gaza asseguram que, na maioria dos casos, os mortos eram pessoas que tentavam chegar a suas casas, que tiveram que abandonar durante a ofensiva, graças à trégua.

O acordo assinado por Hamas e Israel estabelece que a trégua abrange toda a Faixa de Gaza e que as FDI devem se retirar até a "linha amarela", mas isso não implica que o cessar-fogo não vigore além dela, embora Israel tenha invocado a legítima defesa e as ameaças às suas tropas para disparar contra palestinos nessa área

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