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Hamas anuncia que aceitou proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza

Segundo o jornal Aljazeera, o acordo foi realizado com a intermediação do Catar e do Egito

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 6 de maio de 2024 às 13h59.

Última atualização em 6 de maio de 2024 às 14h49.

grupo islamista Hamas disse nesta segunda-feira, 6, que aceitou uma proposta de cessar-fogo com Israel no conflito na Faixa de Gaza. Segundo o jornal Aljazeera, o acordo foi realizado com a intermediação do Catar e do Egito. Israel não participou das conversas.

O aceite do acordo saiu após o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, conversar com o primeiro-ministro do Catar, Muhammad bin Abd al-Rahman Al Thani, e com o chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamal.

A delegação do grupo chegou ao Egito no último sábado, 4. De acordo com a imprensa egipcia, Israel não esteve presente nas negociações no Cairo. O chefe da CIA, William Burns, participou na reunião.  O Hamas pede o fim da guerra e a retirada de todas as forças israelenses de Gaza.

O conflito se arrasta desde 7 de outubro, após um ataque do grupo terrorista no sul de Israel matar mais de 1.000 pessoas, a maioria civis.

Cerca de 250 israelenses foram sequestradas na época. As autoridades israelenses estimam que, após uma troca de reféns por prisioneiros palestinos em novembro, 128 pessoas permanecem cativas em Gaza e que 35 morreram até agora.

A pressão internacional para um acordo avançou nos últimos meses em meio a escalada da crise humanitária em Gaza. A ofensiva de Israel na região palestina já deixou mais de 34 mil mortos.

Netanyahu afirma que aceitar as exigências do Hamas é uma derrota para Israel

No último domingo, o primeiro-ministro de IsraelBenjamin Netanyahu, afirmou que aceitar as "exigências" do Hamas para acabar com a guerra em Gaza seria "uma derrota terrível para o Estado de Israel" e equivaleria à "capitulação".

Em meio as negociações, Israel informou que lançará uma ofensiva em Rafah, a cidade mais ao sul do território, que é considerada o último reduto dos comandantes islamistas.

Nesta segunda-feira, o exército de Israel ordenou que dezenas de milhares de pessoas na cidade começassem a deixar região, sinalizando que uma invasão terrestre há muito prometida pode acontecer em breve. Existe a preocupação que as movimentações israelenses compliquem o avanço para um cessar-fogo. 

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, opõem-se a uma invasão na cidade palestina no extremo sul da Faixa de Gaza, onde 1,2 milhão de pessoas estão aglomeradas, a maioria delas deslocadas pela guerra.

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