Mundo

Hamas afirma que morte de líderes não significa o fim da organização

Israel confirmou a morte de Yahya Sinwar nesta última quinta-feira, 17

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 18 de outubro de 2024 às 08h41.

Última atualização em 18 de outubro de 2024 às 08h43.

Tudo sobreHamas
Saiba mais

A organização islâmica Hamas enviou, nesta sexta-feira, 18, uma mensagem a Israel, após ter sido confirmada ontem a morte do seu líder, Yahya Sinwar, na qual advertiu que a morte de seus líderes "não significará mesmo o fim do movimento, nem da luta do povo palestino".

Este é o primeiro comunicado do Hamas após a morte de seu líder em confrontos armados com Israel no sul de Gaza, embora o grupo não confirme explicitamente o falecimento de Sinwar.

“O Hamas é um movimento de libertação liderado por pessoas que buscam a liberdade e a dignidade, e isso não pode ser eliminado”, afirma um comunicado assinado pelo chefe das relações políticas e internacionais, Basem Naim.

Quem é Yahya Sinwar, líder 'linha-dura' do Hamas que foi morto por Israel em ataque em Gaza

“Acreditamos que o nosso destino é uma de duas coisas boas: ou a vitória ou o martírio”, acrescenta.

O texto destaca que nenhuma das mortes de Israel contra alguns de seus líderes, como o comandante Sehadeh, o primeiro chefe das Brigadas Al-Qassam, o braço armado do grupo islâmico, conseguiu enfraquecer sua milícia.

A morte de seus líderes – prossegue Naim – considera que tornou "mais forte e mais popular" o grupo palestino, e que ao mesmo tempo todos eles são lembrados como “ícones entre as futuras gerações que continuarão o caminho rumo a uma Palestina livre”.

“Sim, é muito doloroso e angustiante perder entes queridos, especialmente líderes extraordinários como o nosso, mas o que temos certeza é que finalmente sairemos vitoriosos; este é o resultado para todas as pessoas que lutaram pela sua liberdade”.

A verdade é que a morte de Sinwar marca um antes e um depois no decurso do conflito regional, uma vez que o grupo palestino ficou decapitado após os assassinatos do chefe do gabinete político, Ismail Haniyeh, e do chefe militar, Mohamed Deif.

O Hamas não menciona nenhum destes três líderes em seu último comunicado.

"O Hamas não governará mais Gaza. É o começo do dia depois do Hamas", disse triunfantemente o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, poucas horas após as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmarem a morte de Sinwar.

Netanyahu advertiu, no entanto, que a guerra na Faixa, que acumula mais de 42,4 mil mortes palestinas, ainda não terminou “com muitos desafios pela frente”; ao mesmo tempo que envia uma mensagem à região, especificamente ao Líbano, onde as tropas israelenses continuam uma ofensiva terrestre desde 1º de outubro.

Hoje, as tropas israelenses continuam bombardeando diferentes pontos da Faixa de Gaza, causando novas vítimas, incluindo várias crianças, segundo a agência de notícias palestina "Wafa".

Acompanhe tudo sobre:HamasFaixa de GazaOriente MédioIsrael

Mais de Mundo

Venezuela anuncia prisão de 19 'mercenários' estrangeiros acusados de planejar complô contra Maduro

Acordo entre União Europeia e Mercosul não é 'aceitável' como está, diz Macron

Ataques de Israel no Líbano matam 45 pessoas nas últimas 24 horas

Arce, presidente da Bolívia, enfrenta onda de protestos e crise econômica