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Hamas adverte que impedirá protestos contra seu governo

O movimento islamita Hamas advertiu que não permitirá nenhum tipo de protestos populares na Faixa de Gaza contra seu governo


	Forças da segurança do Hamas: "não haverá nenhuma manifestação", disse ministro
 (Said Khatib/AFP)

Forças da segurança do Hamas: "não haverá nenhuma manifestação", disse ministro (Said Khatib/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 13h37.

Gaza - O movimento islamita Hamas advertiu nesta quinta-feira que não permitirá nenhum tipo de protestos populares na Faixa de Gaza contra seu governo, que a princípio estão previstos para o dia 11 de novembro.

"Não haverá nenhuma manifestação em 11 de novembro", disse Islã Shawhan, porta-voz do Ministério do Interior, responsável também pelos organismos de segurança do Hamas.

Em declarações publicadas no site do governo em Gaza, o porta-voz sustenta que a intenção de tomar as ruas no dia previsto "é parte de um plano para desarticular a resistência palestina e trazer o caos e a desordem à Faixa Gaza".

A intenção de diferentes grupos de sair às ruas foi divulgada nas redes sociais e mensagens eletrônicas de todo tipo, incluindo vídeos, mas na maioria dos casos a convocação é feita de forma anônima.

O fato da data coincidir com o aniversário da morte do líder palestino Yasser Arafat, fundador do movimento nacionalista Fatah, faz pensar que os manifestantes possam ser seguidores desse partido, expulso da Faixa em 2007 pelos islamitas e que atualmente governa na Cisjordânia.

Shahwan afirmou que por trás das convocações de protestos estão a Autoridade Nacional Palestina (ANP), governada pelo Fatah, e os serviços de inteligência israelenses, que tem o objetivo de "torpedear o trabalho da resistência" contra Israel.

Nas últimas semanas, por causa dos primeiros protestos, o Hamas intensificou as batidas e detenções contra militantes nacionalistas, em uma estratégia que foi seguida pela derrocada do presidente do Egito, o islamita Mohamed Mursi, após o golpe de estado de 3 de julho.

O movimento de protesto palestino em Gaza se autodenomina "Tamarud" (Rebelião em árabe), nome surgido na onda de protestos egípcias que conduziu o golpe contra Mursi.

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