Jerusalém: tema foi um dos assuntos abordados ontem entre o novo presidente e o primeiro-ministro israelense (Thomas Coex/AFP)
EFE
Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 10h38.
Gaza - O movimento islamita Hamas advertiu nesta segunda-feira o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que não transfira a embaixada americana de Tel Aviv a Jerusalém, pois isto significaria "ultrapassar todas as linhas vermelhas".
"Advertimos sobre os perigos de mudar a embaixada americana de Tel Aviv para a Jerusalém ocupada", disse o movimento islamita em comunicado divulgado hoje em Gaza.
Para o Hamas, que até agora se opõe formalmente a qualquer solução negociada com Israel, "a administração americana cruzaria todas as linhas vermelhas com a mudança da embaixada".
A possível mudança, que Trump anunciou durante a campanha eleitoral, foi um dos assuntos abordados ontem entre o novo presidente e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma conversa telefônica.
Ontem, foi o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, quem dirigiu a Washington uma mensagem de advertência, segundo o qual estão preparadas várias medidas, caso seja iniciada a mudança.
Abbas falou aos veículos de imprensa em Amã, na Jordânia, após uma reunião com o monarca do país, o rei Abdullah II, que se comprometeu a apoiá-lo para barrar os planos do líder americano nesse sentido.
No início de janeiro, Abbas afirmou que a mudança da embaixada americana para Jerusalém seria uma "agressão" e ultrapassaria uma "linha vermelha" inaceitável.
Embora Israel considere Jerusalém sua capital, nenhum país tem sua embaixada nessa cidade e todas ficam em Tel Aviv ou em localidades próximas, já que a comunidade internacional rejeita a ocupação e posterior anexação da parte leste da cidade.