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Hague considera responder à Síria sem aval da ONU

O chefe da diplomacia britânica destacou que é possível atuar por motivos "humanitários"


	William Hague: "não podemos permitir no século XXI o uso de armas químicas com total impunidade, mas no momento não posso dar detalhes sobre as opções militares", disse
 (Georges Gobet/AFP)

William Hague: "não podemos permitir no século XXI o uso de armas químicas com total impunidade, mas no momento não posso dar detalhes sobre as opções militares", disse (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2013 às 07h29.

Londres - O chefe da diplomacia britânica, William Hague, considera que é possível responder ao uso de armas químicas na Síria "sem pleno aval do Conselho de Segurança da ONU", mas se negou a especular sobre a resposta contemplada pelos países ocidentais.

"É possível responder ao uso de armas químicas sem pleno aval do Conselho de Segurança da ONU? Eu diria que sim", declarou Hague em uma entrevista à BBC.

O secretário do Foreign Office reafirmou a convicção de que o regime de Bashar al-Assad utilizou armas químicas no ataque de 21 de agosto na região de Damasco. Ele destacou que é possível atuar por motivos "humanitários".

"Tentamos outros métodos, os métodos diplomáticos - e continuaremos utilizando -, mas até o momento fracassaram", disse.

"Nós, Estados Unidos e outros países como a França somos muito claros sobre o fato de que não podemos permitir no século XXI o uso de armas químicas com total impunidade, mas no momento não posso dar detalhes sobre as opções militares", disse o ministro britânico.

Para o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, uma reação ocidental ao ataque mortal com armas químicas na Síria em 21 de agosto será decidida nos próximos dias.

Mas ele se mostrou prudente sobre a possibilidade de ação sem aval da ONU.

"Em certas circunstâncias é possível, mas temos que ter, certamente, muito cuidado, porque a legalidade internacional existe", disse Fabius.

No Conselho de Segurança das Nações Unidas, Rússia e China bloqueiam qualquer condenação ao regime sírio.

"As reações têm que ser proporcionais e isto será decidido nos próximos dias", declarou Fabius à rádio Europe 1.

"É evidente que este massacre tem origem no regime de Bashar al-Assad. Então, as reações têm que ser proporcionais, medidas".

"As opções estão abertas. A única opção que não se contempla é não fazer nada", completou Fabius.

A Turquia anunciou que está disposta a integrar uma coalizão internacional dirigida contra a Síria, em resposta ao ataque químico de 21 de agosto, mesmo sem autorização da ONU.

"Se uma coalizão contra a Síria for criada durante o processo, a Turquia fará parte", declarou o ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu ao jornal Milliyet.

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