António Gueterres: ex-ministro português acrescentou que quer "prestar uma homenagem" a Ban Ki-moon (Rafael Marchante/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2016 às 15h43.
Lisboa - O ex-primeiro-ministro de Portugal António Guterres, que nesta quinta-feira foi designado como o futuro secretário-geral da ONU pelo Conselho de Segurança, disse que seus sentimentos se resumem a duas palavras: "humildade e gratidão".
"Humildade diante dos grandes desafios" que enfrenta o mundo e "humildade para poder servir aos mais vulneráveis", disse o político português em sua primeira declaração após saber que foi designado pelo Conselho de Segurança da ONU para suceder Ban Ki-moon.
"E gratidão pela confiança" depositada em seu projeto, ressaltou Guterres, antes de acrescentar que espera que a "unidade e o consenso" de sua escolha represente "uma capacidade crescente" do Conselho de Segurança para tomar decisões "a tempo" e responder aos grandes desafios do mundo atual.
"Estou neste momento recomendado, mas não sou secretário-geral" ainda, disse o português, que acrescentou que quer "prestar uma homenagem" a Ban Ki-moon e "apelar a todos os Estados-membros" para que o apoiem até o fim de seu mandato.
Foi um pronunciamento, sem direito a perguntas, realizado na sede do Ministério das Relações Exteriores em Lisboa, no Palácio das Necessidades, que Guterres fez em português, inglês, francês e espanhol.
O ex-premiê português fez esse pronunciamento depois que o Conselho de Segurança da ONU decidiu, por aclamação, recomendá-lo formalmente para assumir a Secretaria-Geral da ONU a partir de janeiro.
Essa recomendação passa agora para a Assembleia Geral, que deve ratificar a designação quando se reunir para analisar o caso.
O anúncio foi feito pelo embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, cujo país preside este mês o Conselho de Segurança.
A designação de Guterres ocorreu após um "processo justo", segundo o diplomata russo, que acrescentou que o português "era o melhor candidato disponível".