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Guia supremo iraniano acusa Israel de genocídio

País não reconhece a existência de Israel e apoia os grupos islamitas palestinos Jihad Islâmica e Hamas


	O aiatolá Khameneireza: Irã não reconhece a existência de Israel e apoia os grupos islamitas palestinos Jihad Islâmica e Hamas
 (foto/AFP)

O aiatolá Khameneireza: Irã não reconhece a existência de Israel e apoia os grupos islamitas palestinos Jihad Islâmica e Hamas (foto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 16h02.

Teerã - O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, acusou nesta terça-feira Israel de estar cometendo um genocídio em Gaza e pediu ao mundo islâmico que arme os palestinos para lutar contra o regime sionista.

"Um cachorro raivoso, um lobo selvagem (...) está atacando pessoas inocentes, crianças que perderam a vida (...) O que os líderes do regime sionista estão fazendo é um genocídio, uma catástrofe histórica", declarou Khamenei em um discurso coincidindo com o fim do Ramadã.

O Irã não reconhece a existência de Israel e apoia os grupos islamitas palestinos Jihad Islâmica e Hamas, contra o qual os israelenses lançaram no dia 8 de julho uma ofensiva em Gaza que já deixou mais de 1.100 palestinos mortos, em sua maioria civis, assim como mais de 50 soldados israelenses.

As autoridades iranianas dizem ter entregado aos palestinos a tecnologia para fabricar os mísseis utilizados para disparar contra cidades israelenses.

"O presidente americano (Barack Obama) lançou uma fatwa para desarmar a resistência (palestina) para que não possa responder a estes crimes. Nós dizemos o contrário: o mundo inteiro, e em particular o mundo islâmico, precisa armar o máximo possível o povo palestino", acrescentou Khamenei, líder máximo iraniano.

Em uma conversa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Obama afirmou que qualquer solução de longo prazo do conflito entre israelenses e palestinos passa por "desarmar os grupos terroristas e desmilitarizar Gaza".

Segundo Khamenei, os Estados Unidos e os países europeus desejam esta desmilitarização para que Israel possa atacar a "Palestina e Gaza a qualquer momento, sem que possam se defender".

Também saudou a força de resistência dos palestinos, "um povo cercado, em um pequeno território, com fronteiras fechadas, privados de água e eletricidade, que enfrenta um inimigo armado".

O presidente iraniano, Hassan Rohani, também criticou fortemente Israel, considerando-o um tumor.

"Hoje, o mundo islâmico enfrenta dois tumores infectados. O primeiro é aquele que sempre fez dano aos palestinos", disse.

"O outro é aquele que, em nome do islã, da religião e do califado, massacra os muçulmanos", acrescentou Rohani, referindo-se aos jihadistas sunitas do Estado Islâmico (EI), que tomou grandes territórios no Iraque e na Síria.

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