Conhecidos como vastas massas de água salgada que cobrem cerca de 71% da superfície da Terra, os oceanos desempenham um papel crucial na regulação do clima e na manutenção da vida marinha. Eles são formados pela interação entre as placas tectônicas, as correntes oceânicas e as condições atmosféricas ao longo de milhões de anos.
Para ser considerado um oceano, um corpo d’água deve possuir uma grande extensão, conectar-se a outras massas oceânicas e influenciar padrões climáticos globais. Por muito tempo, a comunidade científica considerou a existência de apenas quatro oceanos: Atlântico, Pacífico, Índico e Ártico.
No entanto, em 2000, a Organização Hidrográfica Internacional (OHI) oficializou um quinto oceano: o Oceano Antártico. Sua principal característica é a Corrente Circumpolar Antártica, um sistema de correntes que separa suas águas das dos oceanos vizinhos e influencia diretamente o clima global. Com isso, atualmente, a ciência reconhece cinco oceanos no mundo.
Por que o Oceano Antártico não era considerado pela OHI?
A ciência desconsiderava o Oceano Antártico porque sua delimitação não era clara e estava fortemente ligada às massas de água dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. Diferente dos demais, que são definidos pelos continentes que os cercam, o Oceano Antártico é caracterizado principalmente pela Corrente Circumpolar Antártica.
Até 2000, a Organização Hidrográfica Internacional (OHI) e outros órgãos científicos ainda viam essa região como uma extensão dos oceanos vizinhos, sem critérios formais para classificá-la separadamente. No entanto, avanços nos estudos oceânicos mostraram que as águas ao redor da Antártica possuem características únicas, como temperatura, salinidade e padrões de circulação distintos, justificando seu reconhecimento como o quinto oceano da Terra.
A oficialização destacou sua importância na regulação do clima global e na preservação da biodiversidade marinha, reforçando a necessidade de proteção desse ecossistema frente às mudanças climáticas e ao impacto humano.
Por que 7 mares?
A expressão "sete mares" tem origem antiga e variou de significado ao longo dos séculos, mas não diz respeito aos oceanos. Durante a Antiguidade e a Idade Média, povos de diferentes regiões usavam esse termo para se referir a mares específicos de suas áreas geográficas. Hoje, os sete mares geralmente se referem a grandes divisões dentro dos oceanos:
- Mar Ártico (parte do Oceano Ártico)
- Mar do Caribe (conectado ao Atlântico)
- Mar Mediterrâneo (ligado ao Atlântico pelo Estreito de Gibraltar)
- Golfo do México (parte do Atlântico)
- Mar da China Meridional (dentro do Pacífico)
- Mar de Bering (entre o Pacífico e o Ártico)
- Mar do Sul (referência antiga ao Oceano Antártico)
Vale lembrar que sete mares não são oceanos independentes, mas sim grandes porções de água dentro dos oceanos já reconhecidos. A nomenclatura mudou com o tempo, mas a ideia de "sete mares" permanece na cultura popular e na literatura.
Por que você deve saber disso?
Entender a divisão dos oceanos e mares ajuda a compreender melhor a dinâmica do clima, a biodiversidade marinha e a influência dos oceanos na vida humana. Além disso, conhecer a classificação atualizada dos oceanos permite acompanhar debates ambientais, como a preservação do Oceano Antártico e os impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas marinhos.
Saber quantos oceanos existem é mais do que um dado geográfico – é um passo para entender a importância dos oceanos para a saúde do planeta.