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Qual foi o impacto das pirâmides de Gizé na arquitetura moderna

Consideradas uma das maravilhas do mundo antigo, as pirâmides de Gizé continuam a influenciar o design e a construção de estruturas modernas

As Pirâmides de Gizé, com sua grandiosidade e perfeição estrutural, continuam a ser uma referência fundamental na história da arquitetura e continuam a inspirar projetos arquitetônicos modernos ao redor do mundo. (Thinkstock/Donyanedomam)

As Pirâmides de Gizé, com sua grandiosidade e perfeição estrutural, continuam a ser uma referência fundamental na história da arquitetura e continuam a inspirar projetos arquitetônicos modernos ao redor do mundo. (Thinkstock/Donyanedomam)

Publicado em 25 de abril de 2025 às 17h30.

O Egito Antigo é conhecido por suas obras monumentais, e entre essas, as pirâmides de Gizé se destacam como um dos maiores legados arquitetônicos da humanidade. Localizadas nos arredores do Cairo, essas estruturas impressionantes foram construídas há mais de 4.500 anos, e até hoje continuam a fascinar estudiosos e admiradores.

As pirâmides não são apenas um símbolo da engenharia antiga, mas também representam o poder e a grandeza da civilização egípcia. O impacto de sua construção na arquitetura moderna é inegável, servindo de inspiração para os mais variados tipos de edifícios e projetos arquitetônicos contemporâneos.

Conheça um pouco mais sobre a história desses monumentos.

A história das pirâmides de Gizé

As pirâmides egípcias foram construídas durante o período do Antigo Império do Egito, mais especificamente na Quarta Dinastia, por volta de 2.600 a.C, e foram idealizadas para funcionar como túmulos monumentais dos faraós, líderes que eram considerados divindades em vida e cuja morte representava uma transição espiritual para a eternidade.

A mais antiga e maior das três pirâmides principais é a Pirâmide de Quéops (ou Khufu), que originalmente possuía 146 metros de altura e foi construída com cerca de 2,3 milhões de blocos de calcário, cada um pesando em média de 2,5 a 15 toneladas.

As outras duas, a Pirâmide de Quéfren (filho de Quéops) e a Pirâmide de Miquerinos (neto de Quéops), foram construídas posteriormente, e embora menores, também impressionam por sua precisão e grandiosidade.

Próxima a elas também está a famosa Esfinge de Gizé, uma enorme escultura com corpo de leão e cabeça humana, que representa, ao que tudo indica, o próprio faraó Quéfren.

Essas estruturas foram erguidas com conhecimentos avançados de engenharia, astronomia e matemática, e até hoje, arqueólogos e engenheiros debatem como os egípcios conseguiram realizar tamanha façanha com os recursos tecnológicos da época.

As pirâmides eram cuidadosamente alinhadas com os pontos cardeais e possuíam passagens internas complexas, projetadas para proteger os tesouros e os corpos mumificados dos faraós, embora muitas tenham sido saqueadas ao longo dos séculos.

Com o passar do tempo, a prática de construir pirâmides foi abandonada, especialmente por razões econômicas e logísticas. Entretanto, a monumentalidade dessas obras manteve seu status simbólico e espiritual.

Hoje, são Patrimônio Mundial da UNESCO e continuam a atrair estudiosos, turistas e admiradores de todo o mundo, sendo consideradas um testemunho do engenho humano e da ambição de eternidade da antiga civilização egípcia.

Quantas pirâmides existem em Gizé?

Como visto, em Gizé, há três pirâmides principais que se destacam. Juntas, elas formam um complexo monumental e são acompanhadas de diversas outras menores, conhecidas como pirâmides das rainhas e outros membros da nobreza egípcia.

A Pirâmide de Quéops, a maior das três, é considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo e é a mais imponente, com mais de 140 metros de altura, feita com blocos de pedra calcária que pesam toneladas.

Diante disso, elas não apenas representam a sofisticação e o poder da antiga civilização egípcia, mas também são marcos da engenharia e da arquitetura mundial.

Qual o objetivo delas?

Elas foram construídas principalmente como tumbas monumentais para os faraós da Quarta Dinastia do Antigo Império Egípcio.

Seu principal objetivo era garantir a imortalidade do faraó, oferecendo-lhe um local de descanso eterno e um meio de ascender ao além-vida.

A crença egípcia de que a morte era apenas uma transição para a vida após a morte era refletida na grandiosidade dessas construções.

Qual foi o impacto das pirâmides de Gizé na arquitetura moderna

O impacto é profundo e duradouro na arquitetura moderna, servindo de inspiração para grandes edifícios e monumentos ao longo da história.

A forma geométrica simples e imponente das pirâmides, particularmente a de base quadrada e vértice afilado, foi adotada em diversos projetos arquitetônicos ao longo dos séculos.

Na arquitetura moderna, a influência das pirâmides pode ser vista na construção de edifícios de grandes dimensões, como museus, centros culturais e até mesmo edifícios de escritórios.

Um exemplo notável é o Museu do Louvre, em Paris, cuja pirâmide de vidro, projetada por Ieoh Ming Pei, é uma homenagem ao formato icônico das construções egípcias.

Além disso, a ideia de proporções exatas e a precisão na construção também inspiraram muitos arquitetos.

O uso de uma base sólida e de uma estrutura que poderia resistir ao tempo — como demonstrado pela resistência das pirâmides, que sobreviveram a milênios — é um princípio que continua a ser aplicado na arquitetura moderna, especialmente em grandes projetos de infraestrutura.

O design estrutural das pirâmides também influenciou o desenvolvimento de técnicas construtivas para edifícios de concreto e aço, promovendo o uso de formas geométricas e a incorporação de métodos de construção mais eficientes e duráveis.

As pirâmides e arquitetura moderna

Embora as pirâmides de Gizé e a arquitetura moderna pareçam, à primeira vista, ter pouco em comum, ambas compartilham uma busca pela perfeição estrutural e pela criação de formas monumentais e duradouras.

Enquanto as pirâmides utilizam pedras maciças para garantir sua estabilidade, a arquitetura moderna adota materiais como vidro, aço e concreto.

No entanto, o princípio subjacente de resistência e permanência é o mesmo. As estruturas egípcias, assim como os edifícios modernos, buscam criar um impacto visual e estrutural duradouro, muitas vezes funcionando como símbolos culturais ou políticos.

O uso da geometria e das formas simples na construção de pirâmides influenciou diretamente o design de monumentos e grandes edifícios contemporâneos, como o Palácio da ONU e a Cúpula do Capitólio nos Estados Unidos.

Por que você deve saber disso?

Compreender o impacto das pirâmides de Gizé na arquitetura moderna é importante, pois destaca como elementos da arquitetura antiga continuam a influenciar e moldar o design de edifícios atuais.

Essa conexão entre passado e presente não apenas enriquece nossa compreensão da história, mas também ilustra como a sabedoria e a criatividade de civilizações antigas continuam a ser aplicadas no desenvolvimento urbano e no design arquitetônico de hoje.

Além disso, o estudo das pirâmides permite que os arquitetos modernos aprendam e adaptem conceitos de resistência e durabilidade a novos materiais e técnicas construtivas, garantindo que os projetos arquitetônicos futuros continuem a resistir ao teste do tempo.

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