É possível boiar nas águas densas do Mar Morto, aproveitando a alta salinidade que facilita a flutuação (Wikimedia Commons)
Publicado em 26 de março de 2025 às 16h33.
O Mar Morto é um lago de água salgada situado no Oriente Médio, na fronteira entre Israel, Palestina e Jordânia.
Conhecido por ser o ponto mais baixo da Terra, com suas margens situadas a mais de 400 metros abaixo do nível do mar, ele se destaca por sua elevada concentração de sal, que chega a ser aproximadamente nove vezes maior que a dos oceanos, o que faz com que seja praticamente impossível existir vida aquática — razão que justifica o nome do mar.
A explicação para isso deve-se a fatores geográficos e climáticos. O Mar Morto está localizado em uma região de clima árido, com altas temperaturas que intensificam a evaporação da água. Além disso, não possui saídas naturais; toda a água que entra, principalmente proveniente do rio Jordão, evapora-se, deixando para trás os sais minerais.
Devido à sua alta densidade causada pela salinidade, é praticamente impossível nadar no Mar Morto da maneira convencional. A densidade da água faz com que os corpos flutuem facilmente, tornando a natação tradicional inviável e até perigosa, já que a ingestão acidental de água pode ser prejudicial à saúde.
Além disso, o contato com olhos, ouvidos e boca deve ser evitado. [/grifar]A água pode causar irritações severas nas mucosas e, se ingerida em pequenas quantidades, pode provocar intoxicações leves. [/grifar]Em grandes volumes, pode ser fatal devido à alta concentração de sais e minerais.
Por precaução, especialistas recomendam permanecer no Mar Morto por, no máximo, 15 a 20 minutos por vez. Permanecer além disso pode desidratar a pele e provocar ardência em pequenas feridas ou cortes. Após sair da água, é indicado enxaguar o corpo com água doce para evitar reações dermatológicas.
Propriedades terapêuticas: A lama e a água do Mar Morto são ricas em minerais como magnésio, cálcio e potássio, sendo utilizadas em tratamentos de pele e produtos de beleza devido às suas propriedades benéficas;
Descobertas arqueológicas: Nas proximidades do Mar Morto, foram encontrados os Manuscritos do Mar Morto, uma coleção de textos antigos de grande importância histórica e religiosa;
Diminuição do nível das águas: Nas últimas décadas, ele tem sofrido uma redução significativa em seu nível de água, devido ao desvio de rios que o alimentam e à exploração mineral, o que tem gerado preocupação ambiental.
Não existem voos diretos do Brasil para Israel ou Jordânia. Sendo assim, os viajantes devem fazer conexões em países europeus ou do Oriente Médio. As principais portas de entrada são:
Israel: Aeroporto Internacional Ben Gurion, próximo a Tel Aviv.
Jordânia: Aeroporto Internacional Rainha Alia, em Amã
Após chegar a esses aeroportos, é possível alugar um carro, utilizar serviços de táxi ou ônibus para se deslocar até o Mar Morto.
Israel: Brasileiros não necessitam de visto para estadias de até 90 dias, mas precisam obter uma autorização de viagem eletrônica (ETA-IL) antes do embarque. É essencial que o passaporte tenha validade mínima de seis meses a partir da data de entrada no país.
Jordânia: O visto pode ser obtido na chegada ao país, mediante pagamento de uma taxa de aproximadamente 70 dinares jordanianos (cerca de 57 dólares). É necessário que o passaporte tenha validade mínima de seis meses e, preferencialmente, apresentar o Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela.
Os preços das passagens aéreas do Brasil para Israel ou Jordânia variam conforme a época do ano, companhia aérea e antecedência da compra. Em média, os valores podem oscilar entre US$ 900 e US$ 1.500 para passagens de ida e volta em classe econômica. Recomenda-se pesquisar com antecedência e utilizar ferramentas de comparação de preços para encontrar as melhores ofertas.
Compreender as características únicas do Mar Morto é essencial para valorizar sua importância ambiental, histórica e econômica. Além de ser um fenômeno natural singular, ele oferece recursos terapêuticos e atrai turistas do mundo todo.
No entanto, a conscientização sobre os desafios ambientais que enfrenta é crucial para promover sua conservação e garantir que futuras gerações possam continuar a desfrutar de suas águas e benefícios.