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O que são os ciclones e como eles se formam?

Fenômenos climáticos intensos, os ciclones podem causar grandes estragos, mas também são vitais para entender os padrões atmosféricos globais

Ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica que se formam a partir do encontro de massas de ar com diferentes temperaturas e umidade, resultando em ventos intensos e tempestades. (Agence France-Presse/AFP)

Ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica que se formam a partir do encontro de massas de ar com diferentes temperaturas e umidade, resultando em ventos intensos e tempestades. (Agence France-Presse/AFP)

Publicado em 11 de abril de 2025 às 16h56.

Última atualização em 11 de abril de 2025 às 17h15.

Os ciclones são fenômenos meteorológicos poderosos que podem afetar diversas partes do mundo. Embora possam ser assustadores e causar destruição, também são eventos naturais importantes para o equilíbrio climático.

Em diversas regiões do planeta, a formação de ciclones é uma parte comum do ciclo climático, sendo monitorada por meteorologistas para prever suas trajetórias e reduzir os riscos para a população.

O que é um ciclone?

Um ciclone é uma área de baixa pressão atmosférica em que os ventos se movem em direção ao centro, formando um sistema de nuvens que pode provocar chuvas intensas, ventos fortes e até tempestades severas.

Existem diferentes tipos de ciclones, que podem ser classificados de acordo com sua localização geográfica e características de formação. Os principais tipos incluem:

  1. Tropicais: formados em áreas tropicais, são conhecidos por sua intensa força, com ventos que podem superar os 250 km/h. São frequentemente chamados de furacões (no Atlântico e Pacífico nordeste), tufões (no Pacífico noroeste) e ciclones (no Oceano Índico e Pacífico sul).

  2. Extratropicais: esses se formam fora das zonas tropicais, geralmente em regiões temperadas. Embora não sejam tão intensos quanto os tropicais, ainda podem causar fortes tempestades e ventos.

  3. Subtropicais: uma mistura entre ciclones tropicais e extratropicais, com características de ambos os tipos. Eles são menos comuns e se formam em latitudes mais altas.

Como ele se forma?

O processo de formação de um ciclone começa quando o calor e a umidade da água do mar aquecem o ar acima da superfície. Esse ar quente sobe para a atmosfera, onde a pressão é mais baixa, criando uma área de baixa pressão. À medida que o ar sobe e se condensa, libera calor, o que faz com que o ar ao redor também suba, formando nuvens.

Esse ciclo de aquecimento e resfriamento cria uma corrente de ar em espiral, resultando em um sistema de vento que se intensifica à medida que o ciclone se desenvolve.

Esses fenômenos se formam principalmente sobre águas quentes, com temperatura superior a 26°C, pois essa condição fornece a energia necessária para a intensificação dos ventos.

A formação de um ciclone depende de várias condições climáticas, como umidade elevada, temperaturas oceânicas adequadas e ausência de ventos muito fortes em níveis superiores da atmosfera que possam atrapalhar o crescimento do sistema.

Qual é a diferença entre ciclone e furacão?

A principal diferença entre ciclone e furacão está relacionada à localização geográfica e ao uso de termos específicos para diferentes regiões do mundo, embora ambos se refiram ao mesmo fenômeno meteorológico: uma tempestade tropical muito forte com ventos intensos e características similares.

A classificação varia de acordo com o oceano em que o sistema se forma.

Aqui estão as principais diferenças:

  1. Ciclone: este termo é usado para descrever tempestades tropicais em várias regiões, incluindo o Oceano Índico, o Oceano Pacífico Sul e o Oceano Atlântico Sul. Ele é utilizado de forma genérica para se referir a qualquer sistema de baixa pressão com ventos fortes e circulação em espiral.

  2. Furacão: o termo é utilizado especificamente para ciclones tropicais que se formam no Oceano Atlântico e no Oceano Pacífico Norte, ao norte do Trópico de Câncer. A palavra "furacão" deriva do termo espanhol huracán, que por sua vez tem origem no nome de uma divindade maia.

  3. Tufão: no Oceano Pacífico Ocidental, perto da Ásia (como no Japão, China e Filipinas), o mesmo fenômeno é chamado de tufão.

Quais as localidades que mais têm ciclone?

As regiões mais afetadas por ciclones são aquelas localizadas em zonas tropicais e subtropicais. Entre as áreas mais vulneráveis, destacam-se:

  • O Sudeste Asiático e o Pacífico Sul: países como Filipinas, Japão, Tailândia, China e Vietnã frequentemente enfrentam tufões e ciclones tropicais, especialmente durante a temporada de verão, entre junho e novembro.

  • A costa do Atlântico e Caribe: no Hemisfério Norte, a temporada de furacões atinge com frequência países como México, Cuba, Bahamas, Estados Unidos (especialmente a Flórida e as Carolinas) e países das Pequenas Antilhas.

  • O Oceano Índico: na região sul do planeta, ciclones tropicais afetam áreas como a Índia, Bangladesh, Madagascar, e partes da Austrália.

  • O Oceano Pacífico: alguns ciclones podem atingir áreas como a Nova Zelândia e a costa leste da Austrália.

Essas regiões estão mais expostas devido às suas condições climáticas e geográficas. No entanto, os ciclones podem atingir qualquer área costeira com as condições certas.

O que fazer quando estiver perto de um ciclone?

Estar perto de um ciclone pode ser perigoso, por isso é essencial tomar precauções imediatas. Se você estiver em uma área propensa, siga estas orientações:

  1. Fique informado: acompanhe boletins meteorológicos locais e internacionais, especialmente durante a temporada de ciclones. Em áreas com frequentes alertas, é importante estar preparado.

  2. Refúgio seguro: procure abrigo em um edifício sólido e seguro, preferencialmente em andares superiores se houver risco de inundação ou em áreas designadas como abrigos oficiais. Evite ficar perto de janelas e portas.

  3. Evite sair de casa: durante o pico do ciclone, permaneça dentro de casa e evite sair, a menos que seja absolutamente necessário.

  4. Preparação de emergência: tenha em mãos água potável, alimentos não perecíveis, lanternas e um kit de primeiros socorros. Também é importante ter carregadores de telefone e documentos importantes protegidos.

Qual o impacto do ciclone na natureza?

O ciclone é um fenômeno meteorológico necessário porque desempenha um papel importante no equilíbrio climático global. Embora possam causar danos significativos quando atingem áreas habitadas, eles são parte de um sistema natural que ajuda a redistribuir a energia e o calor da Terra. Aqui estão alguns impactos quem os ciclones geram:

  1. Redistribuição de calor: ajudam a transferir calor do equador para as regiões polares. O calor acumulado nas áreas tropicais é transportado por esses sistemas para latitudes mais altas, ajudando a equilibrar as diferenças de temperatura entre as regiões da Terra.

  2. Regulação da umidade: durante o processo de formação e evolução do ciclone, ele absorve grandes quantidades de umidade do oceano. Essa umidade é, então, liberada nas áreas afetadas, o que pode ser benéfico para a agricultura e para a recuperação de ecossistemas afetados por períodos de seca.

  3. Impacto no clima local: embora possam causar destruição, eles também contribuem para a limpeza do ar e da atmosfera. Além disso, podem reduzir a poluição local e ajudar a equilibrar os padrões climáticos em algumas regiões.

  4. Importância para o ecossistema marinho: possuem papel importante na renovação dos ecossistemas marinhos. Eles agitam a água do mar, promovendo a mistura de nutrientes e ajudando na produtividade biológica do oceano.

Por que você deve saber disso?

Com a intensificação dos padrões climáticos devido às mudanças climáticas globais, entender como os ciclones se formam e se comportam se torna cada vez mais importante. Esses fenômenos podem causar danos significativos a comunidades, infraestrutura e até a economia de uma região.

Além disso, conhecer as medidas preventivas ajuda na proteção de vidas e bens, especialmente em áreas vulneráveis. Saber o que fazer em caso de ciclone pode fazer a diferença entre estar preparado ou ser pego de surpresa.

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