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O que são falésias e onde elas são mais comuns?

Formações geológicas esculpidas pela erosão marinha, as falésias embelezam o litoral brasileiro e exigem cuidados durante a visitação.

Paredões íngremes esculpidos pela natureza, as falésias são atrações turísticas que combinam beleza e risco, exigindo atenção dos visitantes. (Divulgação / Terravista Golf Course)

Paredões íngremes esculpidos pela natureza, as falésias são atrações turísticas que combinam beleza e risco, exigindo atenção dos visitantes. (Divulgação / Terravista Golf Course)

Publicado em 23 de abril de 2025 às 17h50.

Conhecidas por sua beleza, as falésias são paredões íngremes formados ao longo de litorais ou margens de rios e lagos por meio da ação erosiva de agentes naturais, principalmente as ondas do mar.

Elas surgem quando a força da água desgasta lentamente as camadas de rochas sedimentares, argilosas ou até mesmo vulcânicas, resultando em encostas abruptas que podem alcançar dezenas de metros de altura. Além da água, o vento, o tempo e a gravidade também participam desse processo.

Outra característica marcante dessa formação geológica é o aspecto visual marcado por cores e texturas variadas, dependendo do tipo de rocha presente.

Onde estão a maioria das falésias?

No Brasil, as falésias são mais comuns no litoral nordestino, onde o encontro entre o mar e solos de origem sedimentar favorece sua formação.

Estados como Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia concentram algumas das paisagens mais conhecidas do país, como as falésias de Canoa Quebrada (CE), Praia de Pipa (RN), Tambaba (PB), Gunga (AL) e Arraial d’Ajuda (BA).

Também há falésias relevantes no Espírito Santo, como em Marataízes, e no litoral gaúcho, na região de Torres. Essas formações atraem milhares de turistas anualmente, tanto por sua imponência natural quanto pelo potencial para trilhas, mirantes e praias com acesso por barco ou trilhas costeiras.

Quais são os tipos de falésias?

As falésias podem ser classificadas em dois tipos principais: falésias vivas e falésias mortas. As vivas estão localizadas na linha de costa e ainda sofrem erosão constante pela ação direta das ondas. São dinâmicas, instáveis e suscetíveis a desmoronamentos.

Já as mortas estão afastadas da linha de maré e não sofrem mais a ação erosiva direta do mar, apresentando maior estabilidade. Esse tipo pode ser ocupado com menos risco, embora ainda exija cuidados. A distinção entre ambas é fundamental para planejamento urbano, atividades turísticas e estratégias de preservação ambiental.

Como visitar as falésias no Brasil?

Para conhecer os paredões brasileiros é preciso ter atenção às regras de segurança e respeito ao meio ambiente. Evite caminhar muito próximo às bordas superiores, que podem parecer firmes, mas escondem erosões internas causadas pela água ou vento.

Também é recomendado não permanecer por muito tempo na base das falésias, especialmente em falésias vivas, já que blocos podem se desprender repentinamente.

Em locais como a Praia de Pipa, no Rio Grande do Norte, já ocorreram deslizamentos fatais. Use calçados adequados para trilhas, chapéu, protetor solar e leve água. Os melhores horários para visitação costumam ser pela manhã ou fim da tarde, com maré baixa, que facilita o acesso às trilhas e praias isoladas.

Por que você deve saber disso?

Conhecer o que são as falésias e como visitá-las com segurança é importante não apenas para aproveitar melhor as paisagens brasileiras, mas também para compreender como processos geológicos moldam o território ao longo de milhares de anos.

Essas formações naturais, além de atraírem turistas e movimentarem a economia local, são frágeis e exigem cuidado e preservação.

Ao adotar uma postura consciente durante as visitas, o viajante contribui para a conservação dos ecossistemas e para a segurança de todos. Saber como se comportar nesses ambientes também evita acidentes e amplia a experiência com a natureza brasileira.

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