Conhecida como Geração Y, os nascidos após os anos 1980 estão mais habituados com a tecnologia.
Publicado em 12 de fevereiro de 2025 às 15h31.
O termo Millennial refere-se à geração de indivíduos nascidos entre o início da década de 1980 e meados da década de 1990 (entre 1981 e 1996). Também conhecida como Geração Y, essas pessoas cresceram em um período marcado pelo avanço tecnológico acelerado e pela transição para o novo milênio, segundo o site Britannica.
A expressão foi introduzida pelos historiadores William Strauss e Neil Howe no livro "Generations", publicado em 1991. Eles consideraram o nome apropriado para a primeira geração que atingiria a idade adulta no novo milênio — após o ano 2000.
Essas pessoas foram moldadas por eventos históricos significativos, avanços tecnológicos e desafios econômicos que influenciaram profundamente suas perspectivas e comportamentos.
Eventos como os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, que redefiniram políticas de segurança e relações internacionais, e a crise financeira de 2008, que resultou em recessão econômica e altas taxas de desemprego, tiveram impactos profundos nessa geração.
Além disso, conflitos como as guerras no Afeganistão e no Iraque e desastres naturais de grande magnitude também marcaram a consciência coletiva dos Millennials.
Sendo a primeira geração a crescer com acesso à tecnologia digital, os millenials testemunharam a transição de uma era analógica para uma digital.
A popularização da internet, o surgimento das redes sociais e a ubiquidade dos smartphones transformaram a maneira como os estes se comunicam, aprendem e consomem informações. Essa familiaridade com a tecnologia moldou suas expectativas em relação à conectividade, velocidade de informação e interação social.
Economicamente, os Millennials enfrentam desafios distintos dos seus pais e avós. Embora sejam considerados a geração mais educada até o momento, muitos entraram no mercado de trabalho durante ou após a crise financeira de 2008, enfrentando um cenário de desemprego elevado e oportunidades limitadas.
Consequentemente, muitos acumulam dívidas estudantis significativas e enfrentam dificuldades para alcançar marcos tradicionais, como a compra de imóveis ou a formação de famílias. Além disso, o aumento do custo de vida e a estagnação salarial contribuíram para preocupações financeiras contínuas entre os Millennials.
Já no âmbito social, este grupo também tende a priorizar experiências em vez de posses materiais e demonstram maior abertura à diversidade e inclusão do que gerações anteriores.
De acordo com um estudo do Google Brasil, existem duas subdivisões dentro da geração Millennial:
Cresceram nos anos 90 e não tiveram acesso à internet, smartphones e aplicativos na infância. Vivenciaram boa parte da vida sem a internet.
Foram surpreendidos pela crise econômica, um tema que não estava em seu radar na época.
São geralmente mais otimistas, colaborativos e flexíveis.
Têm uma tendência maior à nostalgia e se sentem adultos ao realizar tarefas como varrer a casa e lavar a louça.
Suas principais preocupações e objetivos atuais envolvem mudar de casa, conseguir um emprego, viajar para o exterior, comprar um imóvel ou retomar os estudos.
Demonstram interesse por momentos de "pausa" e "detox" das tarefas diárias para relaxar, além de buscarem "life hacks" (dicas e truques).
Cresceram nos anos 2000, em um mundo já conectado à internet. Desde a escola, tiveram contato com smartphones e redes sociais.
Conheceram uma economia mais frágil.
São geralmente mais realistas, questionadores e conscientes quando se trata de finanças.
Se identificam com a filosofia YOLO (You Only Live Once/Só Se Vive Uma Vez), sendo que 89% adotam esse estilo de vida.
Demonstram menos paciência para "perda de tempo", como anúncios e comerciais.
Para 4 em cada 10, o maior sonho é conquistar o diploma universitário.
Compreender a origem e as características dos Millennials é essencial para empresas, educadores e formuladores de políticas que buscam se conectar e atender às necessidades dessa parcela significativa da população. Reconhecer as diferenças dentro da própria geração também é crucial para estratégias de marketing, desenvolvimento de produtos e iniciativas de engajamento que desejam ser eficazes e relevantes.