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Guerrilheiros esperam negociação com a Colômbia em 2016

Para o presidente colombiano, um cessar-fogo bilateral, sem condições atreladas e com uma verificação efetiva é essencial para as negociações de paz


	ELN: presidente da Colômbia acredita que cessar-fogo bilateral ajudará nas negociações de paz
 (Carlos Villalon/Getty Images)

ELN: presidente da Colômbia acredita que cessar-fogo bilateral ajudará nas negociações de paz (Carlos Villalon/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2015 às 08h38.

Bogotá, 26 - O Exército de Libertação Nacional (ELN), segundo maior grupo guerrilheiro da Colômbia, espera iniciar em 2016 as negociações de paz com o governo do presidente Juan Manuel Santos, segundo afirmou o chefe da organização, Nicolás Rodríguez Bautista, conhecido como Gabino.

O líder guerrilheiro revelou que as conversas com o governo colombiano, que vinham sendo feitas de maneira confidencial, serviram para "elaborar uma agenda de negociações". Mesmo assim, ele diz que o processo está paralisado em função de "assuntos operacionais para a fase pública". "Temos confiança que chegará o momento das negociações formais, começando no próximo ano", disse Gabino em entrevista para o jornal Gara, do País Basco.

O governo colombiano começou em 2013 um processo de diálogo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que são o maior grupo guerrilheiro do país. Este mês, as partes alcançaram um acordo sobre o tema mais complicado do processo, relacionado com as penalidades aplicáveis aos combatentes e o ressarcimento das vítimas.

Na entrevista publicada neste sábado, o líder do ELN disse que existe uma "falta de vontade da oligarquia para se dispor a uma saída política" e o que se busca é "debilitar a capacidade de luta das maiorias, incluindo a insurgência". Mesmo assim, ele disse que o grupo está disposto a examinar as possibilidades de progresso e aposta na paz. "Se conseguirmos um verdadeiro processo de paz, o caminho político é o que mais desejamos trilhar, mas se nossos adversários não se dispõem a isso, não resta outro caminho a não ser seguir usando o direito à rebelião", afirmou.

Gabino diz que um cessar-fogo bilateral, sem condições atreladas e com uma verificação efetiva é essencial para as negociações de paz. "Se o governo aceitar isso, esse processo de paz daria um salto importante e geraria a confiança necessária entre as partes". Fonte: Associated Press.

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