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Guerrilha das Filipinas suspende cessar-fogo

Comunistas retomaram luta armada antecipadamente após denunciar que o governo descumpriu sua parte do acordo


	Oficial da polícia nacional filipina durante cerimonia em Manila: porta-voz da presidência das Filipinas afirmou que eles manterão a trégua até o último dia estipulado
 (Romeo Ranoco/Reuters)

Oficial da polícia nacional filipina durante cerimonia em Manila: porta-voz da presidência das Filipinas afirmou que eles manterão a trégua até o último dia estipulado (Romeo Ranoco/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 09h13.

Manila - A guerrilha comunista das Filipinas retomou nesta quarta-feira a luta armada após encerrar antecipadamente a trégua natalina, por denunciar que o governo filipino descumpriu sua parte do acordo, informou a imprensa local.

O presidente do painel negociador dos insurgentes, Luis Jalandoni, informou através de um comunicado em seu site que a violação representa "a perda de uma grande oportunidade de avançar nas negociações de paz".

Por sua vez, o porta-voz da presidência das Filipinas, Edwin Lacierda, afirmou que eles manterão a trégua até o último dia estipulado e acusou a guerrilha comunista de jogar-lhe sempre a culpa de suas mudanças no governo.

O cessar-fogo cobria de 20 de dezembro de 2012 a 15 de janeiro de 2013 e foi estipulado por ambas as partes em uma reunião na embaixada norueguesa em Haia em 18 de dezembro.

A reunião permitiu reiniciar as conversas de paz, estagnadas havia mais de um ano, com o compromisso de manter mais contatos de alto nível em uma data a ser definida por ambas as partes.

As negociações se estagnaram em novembro de 2011, quando o governo filipino se negou a libertar vários líderes do movimento comunista.

A Frente Democrática Nacional das Filipinas, que conduz as negociações, é uma plataforma que reúne várias organizações de esquerda, entre elas o clandestino Partido Comunista das Filipinas e seu braço armado, o Novo Exército do Povo.

O Novo Exército do Povo conta com cerca de 6 mil combatentes e há 43 anos promove luta armada em um conflito que já deixou cerca de 30 mil mortos.

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