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Guerra síria força uso de sementes de silo do "apocalipse"

A guerra na Síria provocou a primeira retirada de sementes de silo do “apocalipse” construído no Ártico para assegurar o fornecimento de alimentos no mundo


	Destruição em Aleppo, na Síria
 (Reuters / Abdalrhman Ismail)

Destruição em Aleppo, na Síria (Reuters / Abdalrhman Ismail)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2015 às 19h23.

Oslo - A guerra civil na Síria provocou a primeira retirada de sementes de silo do “apocalipse” construído no Ártico para assegurar o fornecimento de alimentos no mundo, disseram os responsáveis nesta segunda-feira.

As sementes, incluindo exemplares de trigo, cevada e gramas adaptadas para regiões secas, foram solicitadas por pesquisadores no Oriente Médio para substituir as sementes de um banco genético danificado pela guerra na cidade síria de Aleppo.

“Proteger a biodiversidade do mundo dessa maneira é precisamente o propósito do Silo Global de Sementes Svaldbard”, disse Brian Lainoff, porta-voz para o Fundo Crop, responsável pelo armazenagem subterrânea das sementes em uma ilha norueguesa a 1.300 quilômetros do Polo Norte.

O silo, inaugurado no arquipélago de Svalbard em 2008, foi projetado para proteger sementes de cultivo – tais como feijão, arroz e trigo – contra os piores cataclismos provocados por guerras nucleares ou doenças.

A instalação abriga mais de 860 mil exemplares, provenientes de todos os países. Mesmo se o fornecimento de energia fosse cortado, o silo perduraria congelado e selado por 200 anos.

O banco de sementes de Aleppo vinha funcionando parcialmente, incluindo sua câmara fria, apesar do conflito. Mas não foi mais capaz de manter seu papel como polo para o crescimento e distribuição de sementes para outros países, sobretudo do Oriente Médio.

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