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Guerra será longa, mas venceremos, diz ministro da Defesa de Israel

Yoav Gallant participou de reunião com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken

EUA e Israel: encontro faz parte do giro do secretário de estado de Biden pelo Oriente Médio (AFP/AFP)

EUA e Israel: encontro faz parte do giro do secretário de estado de Biden pelo Oriente Médio (AFP/AFP)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 16 de outubro de 2023 às 16h31.

Última atualização em 16 de outubro de 2023 às 17h01.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse nesta segunda-feira, 16, ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que a guerra contra o grupo terrorista Hamas será longa, mas bem-sucedida. 

"Deixe-me dizer, será uma guerra longa, o preço será alto, mas venceremos, por Israel, pelo povo judeu e pelos valores em que nossos povos acreditam", disse Gallant a Blinken no Ministério da Defesa em Tel Aviv.

Segundo comunicado do Departamento de Estado americano, Blinken reforçou o "firme apoio ao direito de Israel de se defender do terrorismo do Hamas". O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse a agência Reuters que Blinken precisou se refugiar em um bunker por cinco minutos quando soaram as sirenes para anunciar um ataque aéreo em Tel Aviv.

Blinken realizou um giro pelo Oriente Médio após o ataque do Hamas, em 7 de outubro. Ele esteve com líderes da Arábia Saudita, Egito e Catar nos últimos dias e foi se encontrar com o ministro da Defesa israelense e com o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira.

De acordo com as autoridades americanas, os líderes do Oriente Médio transmitiram a Blinken sua oposição ao Hamas, mas também a sua preocupação com a situação dos palestinos. "Eu disse claramente que o Hamas não pode e não deve continuar agindo como se nada tivesse acontecido", insistiu o secretário de Estado no Cairo.

Na visita ao Egito, o americano ouviu do presidente do país, Abdel Fattah al-Sisi, que os bombardeios de Israel em reação ao ataque terrorista do Hamas excedeu o direito à autodefesa" e virou uma "punição coletiva". O egípcio disse ainda que a falta de uma política para os palestinos resultou no atual conflito e que a guerra entre Israel e Hamas pode ter consequências em toda a região. As declarações foram as mais duras feitas por um líder árabe, que mantém relações diplomáticas e econômicas com Israel, durante o giro do chefe da diplomacia americana pelo Oriente Médio.

Sob pressão dos Estados Unidos, Israel retomou no domingo o fornecimento de água ao sul de Gaza, depois de anunciar que deixaria de fornecer alimentos, água e energia ao território. Na reunião com Netanyahu, o secretário discutiu a coordenação dos Estados Unidos com a ONU e os parceiros regionais para facilitar a prestação de ajuda humanitária aos civis.  Blinken também tratou do compromisso com a libertação rápida e segura dos reféns do Hamas.

Biden alerta sobre invasão a Gaza

Desde o início da guerra, mais de 1,4 mil pessoas morreram em Israel e 2,75 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza. Após os bombardeios em resposta ao ataque terrorista do Hamas no dia 7, Israel prepara uma invasão por terra, mar e ar em Gaza, que pode começar a qualquer momento. 

No último domingo, em uma entrevista ao programa 60 Minutes da CBS, Joe Biden disse que seria um erro Israel manter uma ocupação militar na Faixa de Gaza após a invasão planejada para os próximos dias.  "Acho que seria um grande erro. O que aconteceu em Gaza, na minha opinião, é o Hamas, e os elementos extremistas do Hamas não representam todo o povo palestino. seria um erro Israel ocupar Gaza novamente", disse.

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