Mauro Vieira: (Os brasileiros) sairiam neste ônibus, que os transportará amanhã. E, o que nós propusemos, é que saíssem e fossem levados para um aeroporto, uma localidade muito próxima da fronteira, onde um avião da Força Aérea Brasileira, estará esperando (AFP/AFP)
Redação Exame
Publicado em 13 de outubro de 2023 às 20h21.
Última atualização em 13 de outubro de 2023 às 20h25.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que o governo do Egito aceitou que os brasileiros que estão em Gaza possam sair pelo país. Segundo ele, a expectativa é que eles saiam neste sábado.
— (Os brasileiros) sairiam neste ônibus, que os transportará amanhã. E, o que nós propusemos, é que saíssem e fossem levados para um aeroporto, uma localidade muito próxima da fronteira, onde um avião da Força Aérea Brasileira, estará esperando.
Com o ultimato israelense e uma iminente invasão do norte da Faixa de Gaza, o Itamaraty decidiu remover os 13 brasileiros que estão refugiados em uma escola no sudoeste da Cidade de Gaza. Eles demonstraram interesse em ser repatriados e, desde então, o governo brasileiro tenta retirá-los do território palestino por uma passagem terrestre pelo Egito.
A previsão é que um ônibus leve os brasileiros para a cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza e a cerca de 10 quilômetros da cidade de Rafah, no Egito. O comboio tem previsão de sair da escola na manhã de sábado, 14, no horário local.
Nesta sexta-feira, 13, o Ministério das Relações Exteriores confirmou a morte da brasileira Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, durante atentados realizados pelo Hamas no sul de Israel, a partir do dia 7 de outubro.
“Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Karla, o governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil”, informa a nota do Itamaraty.
No mesmo dia, 69 pessoas voltaram ao Brasil no terceiro voo de repatriação de brasileiros que estavam em Israel, como parte da Operação Voltando em Paz. O KC-390 Millenium, da Força Aérea Brasileira (FAB), pousou às 6h7 em Recife.
Além da morte de Karla Stelzer, o governo brasileiro também já havia confirmado as mortes de Bruna Valeanu, de 24 anos, e de Ranani Nidejelski Glazer.
Na última terça-feira, 10, Bruna Valeanu foi sepultada. Apesar de inúmeros israelenses não a conhecerem, marcaram presença em seu funeral, reforçando a união e solidariedade da comunidade local.
O ato contou ainda com a presença de Frederico Meyer, embaixador brasileiro em Israel.
Nascida no Rio de Janeiro, Bruna Valeanu residia em Petah Tikva, Israel, desde 2015, e possuía dupla cidadania.
Anteriormente, na segunda-feira, 9, a morte de Ranani Nidejelski Glazer foi confirmada.
Ranani chegou a postar em uma rede social sobre o bombardeio em um bunker. Ele vivia em Israel há aproximadamente sete anos, e residia em Tel-Aviv.
Ele havia terminado recentemente o tempo de serviço militar, obrigatório no país, e trabalhava como entregador.
Informações indicam que tanto Ranani quanto Bruna e Karla estiveram presentes em uma mesma rave.