Israel-Hamas: Autoridades israelenses prometem manter uma retaliação, após o ataque surpresa do fim de semana do Hamas (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 10 de outubro de 2023 às 15h19.
Aviões de combate de Israel atacaram a Faixa de Gaza bairro por bairro nesta terça-feira, 10, reduzindo prédios a escombros e enviando pessoas a buscar ajuda no pequeno território cercado. Autoridades israelenses prometem manter uma retaliação, após o ataque surpresa do fim de semana do Hamas.
Organizações humanitárias pediram a criação de corredores humanitários para levar ajuda à Faixa de Gaza, e advertiam que os hospitais estavam sobrecarregados com feridos, enquanto os suprimentos estavam acabando. Israel interrompeu todo acesso de alimentos, combustível e medicamentos para Gaza, e o único acesso restante, do Egito, foi fechado nesta terça-feira após ataques aéreos perto da passagem fronteiriça.
O conflito começou após militantes do Hamas atacarem Israel, no sábado, levando os confrontos às ruas pela primeira vez em décadas. Ao menos 1.600 mortes ocorreram dos dois lados, e talvez centenas de outras também. O Hamas e outros grupos militantes em Gaza mantêm mais de 150 soldados e civis reféns, segundo a administração israelense.
Israel expandiu a mobilização de reservistas a 36 mil nesta terça-feira, segundo a mídia local. Após dias de confrontos, os militares israelenses disseram na manhã de hoje que retomaram o controle efetivo de áreas atacadas pelo Hamas no Sul, bem como da fronteira em Gaza.
A questão agora é se Israel lançará um ataque por terra em Gaza, uma faixa de 40 quilômetros entre Israel, o Egito e o Mar Mediterrâneo na qual vivem 2,3 milhões de pessoas. A Faixa de Gaza é governada pelo Hamas desde 2007. Os militares israelenses disseram que realizaram centenas de ataques na última noite no bairro de Rimal, em Gaza, onde se localizam ministérios do governo local.
De acordo com o último balanço divulgado pelos dois lados do conflito, 1.830 pessoas morreram em decorrência dos ataques do Hamas em Israel e dos bombardeios dos israelenses na Faixa de Gaza.
Em Israel, são 1.000 mortos e 2.700 feridos. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 830 palestinos foram mortos e 4.000 estão feridos. Entre os mortos estão 140 crianças e 120 mulheres, disse um porta-voz do ministério. Além do balanço oficial, um porta-voz das forças militares israelenses afirmou que 1.500 corpos de integrantes do Hamas foram encontrados dentro do território de Israel.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta terça-feira, 10, a abertura de um corredor humanitário até a Faixa de Gaza para entrada de suprimentos médicos essenciais. "Os hospitais não podem funcionar sem combustível e eletricidade. Os suprimentos que pretendemos transportar já estão num nível baixo, por isso precisamos que estes produtos cheguem à Faixa de Gaza", disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic.