Uma questão importante é se Israel irá lançar ou não uma ofensiva terrestre em Gaza (BELAL AL SABBAGH/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 10 de outubro de 2023 às 11h19.
Última atualização em 10 de outubro de 2023 às 13h36.
Israel bombardeou o centro da cidade de Gaza nesta terça-feira, 10, e expandiu uma ampla mobilização de reservistas, prometendo retaliar de forma agressiva pelos ataques lançados pelo grupo militante Hamas no fim de semana.
Quatro dias depois de militantes do Hamas invadirem Israel, deflagrando tiroteios de rua pela primeira vez em décadas, militares israelenses disseram na manhã desta terça que haviam recuperado o controle efetivo na região sul e na fronteira.
A guerra já deixou ao menos 1,6 mil mortos em ambos os lados. Israel também afirmou que o Hamas e outros grupos militantes em Gaza mantêm mais de 150 soldados e civis como reféns.
A expectativa é que o conflito apenas se intensifique a partir de agora. Israel ampliou a mobilização de reservistas para 360 mil nesta terça, segundo a mídia do país.
Uma questão importante é se Israel irá lançar ou não uma ofensiva terrestre em Gaza — uma pequena faixa de terra encravada entre Israel, o Egito e o Mediterrâneo, com população de 2,3 milhões de pessoas e que é governada pelo Hamas desde 2007.
O Egito apresentou pedidos para levar caminhões de ajuda para a Faixa de Gaza, mas Israel não apenas rejeitou a solicitação como sinalizou que eventuais veículos que tentem entrar no território serão bombardeados, segundo apurou o site de notícias israelense Ynet.
Nesta terça-feira, 10, um segundo bombardeio atingiu a fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, conhecida como Rafah, informou a AFP. A fronteira é a única passagem que permite a saída de Gaza com as fronteiras de Israel fechadas e está intransitável, segundo o Hamas. Israel prometeu mobilização total contra Gaza, cortando todos os combustíveis, alimentos e eletricidade.
O grupo terrorista Hamas lançou a "Operação Al-Aqsa Flood" para defender a mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, palco de tensões entre palestinos e israelenses.
Países como Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Austrália e nações da União Europeia, apontam que o Hamas é uma organização terrorista.
Ismail Haniyeh lidera o Hamas desde 2017 e reside em Doha, Catar, desde 2020 devido às restrições de saída e entrada em Gaza, que enfrenta bloqueios em suas fronteiras tanto com Israel quanto com o Egito.
Na sua Carta de Princípios de 1988, o Hamas declarou que a Palestina é uma terra islâmica e não reconhece a existência do Estado de Israel.
Fonte: Associated Press.